“Mas se não fizerdes assim, estareis
pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”
(Número 32:23).
Prezado
leitor, mesmo sendo um homem crente Jacó foi perseguido pelo pecado. Após o
maravilhoso encontro que teve com Deus no Vau de Jaboque, sua vida foi mudada.
Agora não prevalecia mais o velho Jacó trapaceiro; agora aparece um homem cujo
coração foi mudado, para ser Israel, príncipe
de Deus. É agora um conselheiro, um homem diferente, ocupado em proteger a
família e buscar a glória de Deus, como naquele acontecimento narrado no cap.
35,quando levou a família inteira a mudar suas vidas, lançando fora seus
ídolos, para que assim pudesse obter a defesa de Deus, após o massacre ocorrido
em Siquém (cap. 34).
Mas, mesmo assim o
pecado ainda mantilha suas armas apontadas em perseguição a Jacó. O velho servo
de Deus era demasiadamente apegado aos filhos. Depois que José foi vendido
pelos seus irmãos, Jacó foi enganado pelos próprios filhos. Lembra que havia
mentido, na tentativa de enganar seu pai? Agora 10 filhos chegam perante ele
para trazer-lhe a maior e mais profunda angústia que durou por muitos anos em
sua vida (Gênesis 37:31-36). Ficou sabendo que José foi morto devorado por
alguma fera. Quanto sofrimento custou para aquele velho e amoroso pai! Mas não
podemos esquecer que: “... o vosso pecado vos há de achar”.
Deus não chegou para tirar esse sofrimento que dilacerou o coração do seu
servo, pelo contrário, Deus permitiu que a verdade ficasse encoberta por tantos
anos, porque as vaidades da natureza corrompida estão prontas a estragar os
planos eternos de Deus. Enquanto Jacó estava enrolado na tristeza, medo e
depressão, o Espírito de Deus livremente usava José no Egito, a fim de que os propósitos
eternos fossem cumpridos.
Prezado amigo, não esqueçamos
que a posição de crente não desfaz as conseqüências de nossos atos errados
praticados no passado. O perdão de Deus é completo, a alegria da reconciliação
é a festa da alma regenerada, mas o cheiro da fumaça fica. Os efeitos de procedimentos errados permanecem arraigados em
nossa natureza carnal e periodicamente brilham como faíscas, fazendo com que
sintamos tristezas e dores. Por quê? Para que saibamos quão horroroso é o
pecado e quão grandiosa foi a misericórdia do Senhor em nossas vidas e para que
sejam motivos de humilhação e dependência de Deus em nosso viver.
É claro que Deus
transformou toda escuridão em radiante luz da graça para seu servo; grande
humildade assegurou a tranqüilidade da família quando foi para o Egito. O velho
Israel está caminhando para o fim de sua existência terrena. A graça encheu seu
coração da verdadeira fé, fé que brilhou ali no leito de morte, conforme o
relato do cap. 49. As fraquezas do servo de Deus foram receptáculos da extraordinária
graça de Deus, e assim completasse sua existência para que Deus fosse
glorificado em seu viver.
Querido leitor, eis aí
uma breve lição do que significa na prática a perseguição do pecado. Abandonado
às paixões do coração o homem se torna um peso esmagador contra seus
semelhantes na prática de suas perversidades. Mesmo sabendo das tristes
conseqüências ele não consegue parar o “caminhão desenfreado” de suas
paixões. O pecado é um poder irresistível quando controla a mente, emoção e
vontade do homem. Tudo passa ser motivo de terror ao derredor. Foi a vontade
soberana que prevaleceu na vida de Jacó; foi o amor eterno que acompanhou esse
filho de Adão, a fim de mudar seu coração e fazer dele um novo homem. É assim
que Deus faz com os pecadores arrependidos. Talvez você, meu amigo, esteja
sofrendo hoje as dramáticas conseqüências de seus pecados, mas Cristo veio para
desfazer as obras do diabo (1João 3:8). Peça a Ele agora, que venha lhe salvar
e libertar do poder do pecado; que solte as algemas que lhe prendem; que
arranque os grilhões que lhe tornaram prisioneiro do mal.
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