“Mas se não fizerdes assim, estareis
pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”
(Número 32:23).
Prezado
leitor, Deus jamais esconde os fracassos dos Seus servos, porque tem em vista
mostrar aos santos em todos os tempos que o homem é o que é um caído e apto
para descer ao profundo poço da perdição. Somente assim poderemos conhecer o
que significa a suficiente graça e o quanto precisamos dessa superabundante
provisão do céu para que jamais venhamos a tropeçar. A vida de Jacó foi assim,
ele foi transportado por Deus de Canaã para a Mesopotâmia e da Mesopotâmia para
Canaã. Durante esses vinte anos Deus permitiu que o terror do pecado
perseguisse Jacó. Deus não retirou os resultados do pecado na vida do Seu
servo, mas simplesmente transformou todo sofrimento em bênçãos eternais, a fim
de que a verdadeira humildade e grandeza de caráter abarrotassem o coração
desse homem.
Como o pecado
perseguiu Jacó? Pudemos ver que durante os vinte anos distante de Esaú nada
mudou. A distância e o tempo não conseguem sepultar nossos atos pecaminosos,
pelo contrário, o pecado cometido gera os males que nos trarão aflições. Foi
assim com Jacó, porquanto ele havia usado de astúcia e enganado seu pai e seu
irmão. Não adiantava pôr a maldade cometida debaixo do tapete, porque o seu
pecado certamente o acharia como de fato achou. Ao saber que Esaú vinha ao seu
encontro com 400 homens, o medo despontou-se imediatamente: “Jacó teve muito medo e ficou aflito...”
(Gênesis 32:7).
Qual foi o aguilhão do pecado na vida
de Jacó? O medo, o desespero! Não é isso o que acontece quando enganamos nosso
próximo? Não é assim quando usamos de astúcias, de mentiras com nosso
semelhante? Não é isso o que acontece quando não agimos com justiça, pureza e
retidão com aqueles que nos cercam? Naquele momento a força da visitação do
pecado foi mais poderosa do que a fé; superou toda virilidade e autoconfiança
de um homem. Amigo, a força do homem provém de um caráter santo e puro diante de
Deus e dos homens. Fora disso somos transformados em medíocres, em vermes
quando temos que prestar contas daquilo que praticamos de errado contra nosso
próximo. Não adianta fugir, escapar, esconder ou manter-se à distância,
porquanto fatalmente o homem terá que enfrentar o julgamento de seus atos
pecaminosos: “... o vosso pecado vos há de achar”.
Foi naquela
situação angustiante que Jacó buscou o amigo certo. Deus só é conhecido nos
corações dos homens quando a angústia chega para cercá-los: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza,
socorro bem presente na angústia” (Salmo 46:1). Foi naquele momento que brilhou
no coração de Jacó a certeza da presença daquele que jamais abandona Seus
santos. Isaque estava longe, Rebeca morreu, mas o Deus de Jacó não! Ele estava
presente, bem perto desse pobre pecador. Foi ali que Jacó pode perceber o quão
inútil ele era! Que em nada Deus precisava dele, que ele não passava de ser um
objeto da misericórdia daquele que lida com os homens por compaixão. Não fosse
a eleição divina, Jacó seria esmigalhado pela fúria vingativa de Esaú. Foi a
presença desse Deus que não dorme, não cansa nem se fatiga, que moldou o
coração de Esaú; que “jogou água”, apagando o fogo da vingança que ardia o
coração desse homem mundano.
Amigo, não brinque ao levar seu viver
de forma leviana, achando que o sol das bênçãos paira sobre sua cabeça, quando
o viver tem sido o de semear a maldade: “Sabei que vosso pecado vos há de
achar”, e quando acha, o sofrimento chega de maneira inexplicável. Cristo Jesus
veio ao mundo para tratar com homens e mulheres arrependidos: “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados...” (Atos
3:19). Não tem outro meio, senão o de tomar o caminho da humilhação perante o
Deus que tem prazer em conversar com almas humilhadas. Chegue a Cristo agora em
plena confissão e disposição para pôr seu viver em ordem perante Deus e seu
próximo.
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