quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (6a)




Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado leitor, Deus jamais esconde os fracassos dos Seus servos, porque tem em vista mostrar aos santos em todos os tempos que o homem é o que é um caído e apto para descer ao profundo poço da perdição. Somente assim poderemos conhecer o que significa a suficiente graça e o quanto precisamos dessa superabundante provisão do céu para que jamais venhamos a tropeçar. A vida de Jacó foi assim, ele foi transportado por Deus de Canaã para a Mesopotâmia e da Mesopotâmia para Canaã. Durante esses vinte anos Deus permitiu que o terror do pecado perseguisse Jacó. Deus não retirou os resultados do pecado na vida do Seu servo, mas simplesmente transformou todo sofrimento em bênçãos eternais, a fim de que a verdadeira humildade e grandeza de caráter abarrotassem o coração desse homem.
         Como o pecado perseguiu Jacó? Pudemos ver que durante os vinte anos distante de Esaú nada mudou. A distância e o tempo não conseguem sepultar nossos atos pecaminosos, pelo contrário, o pecado cometido gera os males que nos trarão aflições. Foi assim com Jacó, porquanto ele havia usado de astúcia e enganado seu pai e seu irmão. Não adiantava pôr a maldade cometida debaixo do tapete, porque o seu pecado certamente o acharia como de fato achou. Ao saber que Esaú vinha ao seu encontro com 400 homens, o medo despontou-se imediatamente: “Jacó teve muito medo e ficou aflito...” (Gênesis 32:7).
         Qual foi o aguilhão do pecado na vida de Jacó? O medo, o desespero! Não é isso o que acontece quando enganamos nosso próximo? Não é assim quando usamos de astúcias, de mentiras com nosso semelhante? Não é isso o que acontece quando não agimos com justiça, pureza e retidão com aqueles que nos cercam? Naquele momento a força da visitação do pecado foi mais poderosa do que a fé; superou toda virilidade e autoconfiança de um homem. Amigo, a força do homem provém de um caráter santo e puro diante de Deus e dos homens. Fora disso somos transformados em medíocres, em vermes quando temos que prestar contas daquilo que praticamos de errado contra nosso próximo. Não adianta fugir, escapar, esconder ou manter-se à distância, porquanto fatalmente o homem terá que enfrentar o julgamento de seus atos pecaminosos: “... o vosso pecado vos há de achar”.
        Foi naquela situação angustiante que Jacó buscou o amigo certo. Deus só é conhecido nos corações dos homens quando a angústia chega para cercá-los: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (Salmo 46:1). Foi naquele momento que brilhou no coração de Jacó a certeza da presença daquele que jamais abandona Seus santos. Isaque estava longe, Rebeca morreu, mas o Deus de Jacó não! Ele estava presente, bem perto desse pobre pecador. Foi ali que Jacó pode perceber o quão inútil ele era! Que em nada Deus precisava dele, que ele não passava de ser um objeto da misericórdia daquele que lida com os homens por compaixão. Não fosse a eleição divina, Jacó seria esmigalhado pela fúria vingativa de Esaú. Foi a presença desse Deus que não dorme, não cansa nem se fatiga, que moldou o coração de Esaú; que “jogou água”, apagando o fogo da vingança que ardia o coração desse homem mundano.
         Amigo, não brinque ao levar seu viver de forma leviana, achando que o sol das bênçãos paira sobre sua cabeça, quando o viver tem sido o de semear a maldade: “Sabei que vosso pecado vos há de achar”, e quando acha, o sofrimento chega de maneira inexplicável. Cristo Jesus veio ao mundo para tratar com homens e mulheres arrependidos: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados...” (Atos 3:19). Não tem outro meio, senão o de tomar o caminho da humilhação perante o Deus que tem prazer em conversar com almas humilhadas. Chegue a Cristo agora em plena confissão e disposição para pôr seu viver em ordem perante Deus e seu próximo.

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