“Para o sábio há o caminho que da vida que o leva para cima, a fim de
evitar o inferno em baixo” (Provérbios 15:24)
HÁ UM ESPÍRITO DE DISCERNIMENTO: “... a fim de evitar o inferno em baixo...”
Querido
leitor estamos passando superficialmente por essa frase incrível e reveladora:
“...a fim de evitar o inferno em baixo”. Creio
que o leitor atento pode observar que a conversão genuína faz o homem fugir do
perigo; há esse elemento de terror no evangelho, que faz o coração do
convertido carregar-se de temor ao Senhor Deus. Na meditação anterior pudemos
ver em algumas ilustrações bíblicas essa idéia de fugir dos terrores de Deus e
abrigar-se no amor de Deus. Obviamente as ilustrações são inúmeras, mas as
poucas citadas servem para dar maior nitidez ao ensino trazido ao verso que
estamos considerando. Todo meu esforço em torno desse assunto é para ressaltar
um tema que pregadores têm ocultado em nossos dias tão afastados da verdade. A
pressão tem sido grande para que haja silêncio nos púlpitos no que diz respeito
aos juízos de Deus.
Mas
é meu dever prosseguir expandindo um assunto tão grandioso como este. Quando
abrimos qualquer página das Escrituras Sagradas é como se a bíblia abrisse a
boca para alertar os homens dos perigos eternos. Veja amigo, Deus abre as bocas
dos profetas para que eles proclamem não somente os atos de misericórdia, mas
muito mais os atos de um Deus que julga e peleja com justiça. Dou destaque ao
fato que o Senhor se autodenomina de Senhor dos Exércitos, especialmente em contexto de guerra. Deus se
apresenta como o Deus que está julgando, punindo homens que continuamente O
desafiam com um viver tortuoso e afrontador. Em Jeremias Deus fala do maior
erro do povo de Israel em não reconhecer os juízos do Senhor (Jeremias 8:7). No
cap. 23 desse livro Deus avisa aos falsos profetas: “e porei sobre vós perpétuo opróbrio, e eterna vergonha, que não será
esquecida” (23:40).
Amigo leitor, não podemos passar
pelas ruas e avenidas dos livros proféticos, sem que percebamos os solenes
avisos e advertências de Deus a respeito do juízos Seus contra os ímpios. Veja
que tal verdade não paira somente nesses livros, mas também nos livros
poéticos: “Os
perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmo 9:17). Enquanto os falsos mestres escondem suas
perversidades usando belos e encantadores salmos, eles não sabem como as armas
de Deus estão apontadas contra seus corações na maior parte dos Salmos. Também,
o belo livro carregado da sabedoria de Deus é um dos que mais falam dos perigos
do inferno: “Mas ele não sabe que ali estão os mortos; que os seus convidados
estão nas profundezas do Seol” (Provérbios9:18).
Qual
é a principal mensagem da lei? Os terrores do Monte Sinai revelam a fúria, o
ódio de um Deus santo contra o pecado. É bom que conheçamos essa linguagem
divina, como em Deuteronômio 32:22: “Porque um fogo se acendeu na
minha ira, e arde até o mais profundo do Seol...”. Alem disso ilustro aqui aquele incidente trágico ocorrido no
meio do povo de Israel, quando Coré, Datã e Abirão com todos os seus pertences
foram atirados vivos no inferno (Números 16:33), por causa de uma insensata
rebelião contra Deus.
Amigo leitor, creio que minhas
frágeis palavras puderam descrever pelo menos um pouco os atos de juízo de
Deus. Diante dessa solene verdade reconheçamos que a conversão genuína é uma
fuga do inferno, dos terrores eternos que esperam os rebeldes. Quando o homem
corre para os Braços de amor e de misericórdia é porque quer escapar daquele
que com justiça pune aqueles que ousam viver uma vida tortuosa em desafio
àquele que é Santo, Santo, Santo! O momento de escapar é agora; não é para
esperar para uma decisão mais tarde! Não é para procrastinar a decisão! Não é
para sentir segurança em lugares tão perigosos! É agora o momento em que o
pecador deve correr para os braços do Salvador!
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