segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O ATAQUE DA INCREDULIDADE




        “Sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.” Jó 2:9.
                Uma cascavel jamais fará dano a qualquer pessoa se não for molestada, assim também é a incredulidade que habita num coração não regenerado. A perversa incredulidade do coração pode permanecer por muito tempo encoberta pela prosperidade material. Foi assim com a mulher de Jó. Durante o período de conforto e abastança, nada indicava que ela não participava também da fé de seu marido. Era uma crente enquanto sua crença era regada pelos favores provenientes de Deus. A incredulidade parece ser crente, que ama e adora a Deus. Mas isso somente enquanto sente a tranqüilidade e a calma de um viver sossegado e bom neste mundo. Quando a tempestade sobrevém, a incredulidade aparece para atacar a fé genuína e revelar seu desprezo a Deus no Seu sistema sábio de governar o viver dos Seus santos.
        Notemos o insidioso ataque da incredulidade daquela mulher, desferido contra a fé genuína do seu marido, o qual sofria tremendamente ante as tragédias ocorridas na perda de seus bens, filhos e saúde. Primeiramente, ela ataca a fé de Jó tentando derribá-la da sua fidelidade a Deus: “... Ainda conservas a tua integridade?...”. A fé natural nunca pode chegar ao patamar onde somente aquele que é espiritual chega. A fé natural fica lá em baixo contemplando o gigante e inabalável crente lá em cima.
Satanás chegou para empurrar com violência a integridade do homem de Deus, mas sem qualquer êxito. A esposa de Jó estava sendo uma arma a mais, nas mãos do tentador, na tentativa de ver fracassada a obra da Graça na vida daquele, em cujo coração Deus começou Sua Grande obra e estava apenas aperfeiçoando. Todos os verdadeiros crentes enfrentam as perseguições provenientes daqueles que não foram salvos. O mundo inteiro se abriga num só coração incrédulo para desferir seu ódio mortal contra um santo de Deus.
Em segundo lugar vemos o ataque da incredulidade contra a piedade de Jó: “... Amaldiçoa a Deus...”. A fé provada e aprovada manterá sua atitude de adoração a Deus. Há de glorificá-Lo em toda e qualquer situação. A incredulidade, entretanto, odeia a glória de Deus. O homem natural gosta dos favores de Deus naturais de Deus; gosta do conforto proveniente de Sua bondade. Pode orar, mas sempre direcionando na busca de mais e mais prosperidade, de uma mesa farta. Mas não pode adorar a Deus. Adoração não é mero levantar as mãos e sentir emoções em cultos. Aquela mulher estava irada contra Deus. O aperto do sofrimento redundou num veneno mortífero e ela almejava que seu marido estivesse participando com ela de sua revolta contra Deus. Ela queria realizar o culto da revolta, não de ações de graças como o crente Jó.
Finalmente, a incredulidade daquela mulher mostrou seu desejo de apagar a fé de uma vez para sempre: “... e morre...”. Não é assim que pensa e age o homem natural? Ela mesma não queria morrer. A fé daquele homem de Deus brilhava demais para ela; era uma luz mui gloriosa que cegava sua visão terrena e egoísta. Era preciso apagar a fé que cultuava a Deus e que trazia a honra e a glória de Deus para o mundo naqueles dias. A incredulidade queria quebrar aquela lâmpada que estava brilhando muito no meio daquela escuridão de sofrimento e aparente incerteza.
Amigo leitor, aquilo que você fala que é fé e confiança em Deus, é revelado no meio das provas, a fim de que seja revelado se veio de Deus ou é apenas algo de um coração rebelde e ganancioso.

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