“E os que são de Cristo Jesus crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gálatas 5:24).
ENTENDENDO O QUE FOI CRUCIFICADO: “...com as suas paixões e concupiscências”
Caro leitor, que
prazer há em meu coração meditar nas sagradas letras! Elas não somente são
preciosas, mas também são precisas, penetrantes e reveladoras! Quão medíocres
são minhas palavras para expor as grandezas dessas revelações! Porém, é meu
dever labutar para apresentar o melhor para os meus queridos leitores. Estamos
diante das palavras, não dos homens, mas sim daquele que em Sua misericórdia se
condescendeu em comunicar conosco!
Estamos chegando à
parte final da exposição desse texto tão glorioso, revelador e oportuno. Veja
caro leitor, que Deus em nada fica devendo quando comunica-Se conosco. Precisamos saber que “...os que são de Cristo crucificaram...”, não
meramente a carne. Precisamos livrar meus leitores das tendências da natureza humana
em partir para extremos. O texto não está dizendo meramente que os santos de
Deus crucificaram a carne. Noutras palavras, o texto não está declarando que os
verdadeiros crentes na cruz tornaram a carne inoperante, inativa, em tudo
subjugada. O texto não está ensinando que a partir da cruz os genuínos crentes
são os extras terrestres; que vivem neste mundo isolados e isentos de tudo
aquilo que significa exigência carnal.
Preciso expor esse
ensino de uma forma clara. Veja bem que a cruz não apaga nosso viver normal de
seres humanos. Alguém afirmou que Cristo toma o homem natural e o transforma num homem espiritual.
Depois, Ele toma o homem espiritual e faz dele um homem natural. A cruz
não anula o viver normal dos santos neste mundo. Certamente eles são cidadãos
dos céus: “Mas
a nossa pátria está nos céus... (Filipenses
3:20), porém vivem aqui demonstrando a glória do Homem perfeito – Cristo Jesus.
O mundo presencia nos salvos aquilo que deve emudecer os atrevidos, mentirosos
e perversos. No pecado homens e mulheres mostram suas motivações em suas
práticas perversas. Os santos de Deus, entretanto, mostram que são diferentes;
o caminho deles é de justiça, retidão, amor genuíno, mas de ódio contra toda e
qualquer iniquidade.
Caro
leitor, a cruz não condena o que é santo e puro. Pelo contrário, a cruz
santifica tudo o que é justo e lícito. A cruz faz com que homens e mulheres
passem a trilhar por caminhos retos. Toda criação de Deus é pura e santa nela
mesma, mas foi o pecado que pulverizou venenos da maldade e da corrupção, por
isso toda criação agora geme angustiada (Romanos 8:22); Por isso a própria
criação sente, como que, ânsia de
vômitos ante as maldade cometidas pelos ímpios.
Para ser mais preciso em meus argumentos, a terra deveria ser palco da justiça,
do amor, da retidão, do temor a Deus, etc. O pecado espalhou seus princípios de
maldade e perversidade em tudo. Nada há de errado no alimento, no sexo, na
família, no sono, na amizade, etc.
Caro
leitor, o Salmo 37 aparece para mostrar como Deus encara a situação deste
mundo. Noutras palavras, o grande Criador está declarando ali que Ele é o
absoluto dono de todas as coisas; que os santos, justos e mansos devem utilizar
da terra. Ele não está autorizando os perversos a usarem a terra; eles são
atrevidos em quando usam da criação para a satisfação de suas paixões e
prazeres carnais. Eles adentraram em território santo e sem a permissão do dono
estão usando para a exposição de suas maldades. Por isso o grande Criador
afirma que “Breve serão ceifados como relva...” (Salmo 37:2).
Ora,
os verdadeiros crentes sabem dessas coisas. Agora libertados do poder do
pecado, os santos passam a odiar a iniquidade e passam a lutar contra aquilo
que é pernicioso, vil e prejudicial ao seu próximo. Realmente, são os
verdadeiros crentes desfrutam da vida!
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