“E os que são de Cristo Jesus crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gálatas 5:24).
Paixão e concupiscência – a diferença: “...com as suas paixões e concupiscências”:
Prezado leitor estou
chegando ao fim da abordagem em torno desse incrível e precioso verso de
Gálatas 5:24. Para mim é motivo de gozo e regozijo ver o povo de Deus sendo
edificado na verdade. Fui chamado para pregar o evangelho da glória de Cristo
num momento quando a “infecção” da apostasia tem se alastrado na sociedade e
nas igrejas e tem desafiado os mais poderosos “antibióticos” inventado pelos
religiosos. O poderoso evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4:4) é a
única arma capaz de derrotar satanás e destruir todo arsenal inimigo: “Ele faz cessar
as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os
carros no fogo” (Salmo 46:9).
Tenho me esforçado em
mostrar aos meus leitores a diferença entre “paixão” e “concupiscência”.
Terminei a abordagem anterior mostrando que as concupiscências incendeiam as
paixões. Percebe-se que a função do pecado é utilizar as normalidade das
paixões e transformá-las em focos de concupiscências. Eis aí o reino do pecado!
Eis aí o modo como que a iniquidade promove seu paraíso de prazer! Eis aí a
forma como os súditos do pecado vivem impregnados dessa vanglória de prazeres
que vêm e vão e são continuamente transformados em terrores da morte! (Romanos
6:23). Para Judas a paixão pela fama e pela fortuna fez com fosse transformada
em concupiscência. Aquela brasa foi constantemente ativada por satanás em seus
sentimentos. No princípio tudo era normal; parecia que seus desejos eram santos
e próprios, pois era contado entre os apóstolos do Senhor. Mas, logo o fogo foi
se avolumando e o anseio pela fortuna e pelos prazeres foi tomando forma. Não
demorou muito para que aquilo que o que fora concebido em seu coração tomasse a
forma de pecado por fora. Aquele que antes parecia um apóstolo e amigo do
Senhor mostrou-se ser um traidor e filho da perdição.
Estou certo que muitos
vivem religiosamente enganados e não percebem que a concupiscência por algum
tipo de iniquidade está em forma embrionária em seu íntimo. Quão inocente e
puro parecia ser o rei Joás (2 Crônicas 24). Enquanto seu tutor – Joiada vivia,
Joás parecia ser o rei que Jerusalém precisava. Aliás, a forma como ele foi
preservado foi providencialmente de Deus. Mas, naquele coraçãozinho inocente
carregava um ódio mortal contra Deus e um ardente amor pela fama e prazeres. Assim
que Joiada morreu, tudo o que estava oculto em seu coração apareceu. Assim Joás
mostrou que era um lobo enjaulado e um verdadeiro assassino.
Mas os verdadeiros e
genuínos crentes não estão isentos dos perigos da concupiscência da carne. Se as
obras da carne não forem encaradas na vitória da cruz; se alguém que afirma ser
crente atrever a brincar com os prazeres, certamente depararão com a força do
inimigo. Sem o poder da graça, nós que somos fracos, quão fracos realmente
somos! Quando o rei Davi deixou de estar na batalha para ficar ocioso em casa
(2 Samuel 11:1), as concupiscências simplesmente amordaçaram sua mente e trouxe
à lume todos os anseios que o engano do pecado costuma chamar de “meus
direitos”. Aquela experiência foi amarga para um servo de Deus por todo resto
da sua vida.
Caro leitor, o
espírito de libertinagem tem invadido os arraiais evangélicos e levados muitos
ao engano de pensar que podem satisfazer suas concupiscências. Não há mais
vestígios de temor e tremor de Deus nos cultos! Corações inflamados de paixões
mundanos têm enchido as igrejas e atraído as maldades da carne para os lugares
santos. Mas digo e afirmo que os verdadeiros crentes não podem tolerar o mal.
Faz parte da nova natureza amar a justiça e odiar a iniquidade. Os santos verão
o Senhor face a face, por isso amam santidade!
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