quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SERVINDO A JUSTIÇA NO LAR (continuação)



Tomaremos a conhecida passagem de Efésios 5, a partir do verso 22. Para que cheguemos ao nosso objetivo é necessário que entendamos o contexto notemos desde o verso 18 como as exortações do apóstolo estão voltadas à comunhão edificante que deve existir dentro da igreja. O ensino mais importante é que a comunhão cristã só pode ser estabelecida se houver da parte de cada crente a real humildade, a disposição de servir uns aos outros. De que maneira isso funciona? A resposta nos é dada no verso 21: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. É a partir dessa atitude que podemos entender o assunto referente à nossa função no lar, a partir do verso 22.
         Aprendemos que o povo crente é um povo humilde. A humildade de Cristo é passada aos corações santificados pela graça e significa que não temos conosco a atitude orgulhosa, maligna e irreverente achada no mundo. O ambiente cristão é completamente contrário aos padrões deste mundo, onde prevalece o ódio e todo tipo de discriminação social. Essa atitude de subordinação uns aos outros é porque nos corações dos santos há o temor de Cristo. O crente entende que foi aceito pela misericórdia e que não há razão para sentir-se superior a ninguém, uma vez que o próprio Filho de Deus se humilhou a fim de que fôssemos resgatados da eterna condenação. O crente entende que faz parte da família de Deus para que agora possa ser servo, imitando a Cristo dentro da igreja e no seu lar. Ele é um servo de Cristo, está consciente disso e trabalha tendo em vista o bem eterno daqueles que estão ao seu derredor. Ele sabe que um dia vai prestar contas de sua função perante o Senhor, mas serve por amor a Cristo e no amor de Cristo.
         É nessa mentalidade de submissão que Paulo traz a lume o ensino sobre o lar. Quem não conhece o significado prático de ser submisso uns aos outros não tem qualquer possibilidade de trabalhar em função de exercer justiça em sua casa. Pulsa no peito do homem natural o orgulho próprio. Tanto a mulher como o homem age assim no pecado e jamais quererá aquiescer-se às ordens do Rei dos reis e Senhor dos senhores, conforme Efésios 5:2. Uma prática dessa é abominação para corações irregenerados. A tendência da mulher é resistir, do homem dominar e do filho revoltar. Neste mundo tudo funciona para que a corda quebre do lado mais fraco. Sempre atos de covardia acompanham o orgulhoso; tudo o que é belo, decência, exemplo e pudor desaparecem ante a maldade praticada pelo soberbo.
         Mesmo na vida de um crente, qualquer atitude orgulhosa fará com que sua seja derrotado e incapaz de servir na igreja e no lar. Nossos corações devem estar em constante subordinação ao Senhor; sempre alertas contra o perigo do orgulho; sempre pautados nas exortações bíblicas. O Salmista percebeu que o orgulho próprio é a principal arma de satanás para afastar-nos da Palavra de Deus, por isso ele ora: “Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão” (Salmo 19:13). Estejamos certos que se algo errado estiver acontecendo na família é devido a alguma atitude soberba.
         O Senhor há de chamar a nossa atenção para que estejamos voltados à mentalidade de um servo. A graça sempre há de prover sua força que saibamos como devemos proceder em nossa função como marido, como esposa, como pai ou mãe. Tendo essas verdades em mente, sigamos firme rumo ao nosso objetivo de implantar a perfeita justiça em nossos lares. 

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