sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O TEMOR DO SENHOR NO ÍNTIMO (2)



Então disse eu: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos” (ISAÍAS 6:5).
        A VIDA DE ISAÍAS NOS DIAS DE UZIAS: “No ano da morte do rei Uzias...”
        Caro leitor, já pude dar a introdução desse tema. Creio que pude salientar bem a importância desse assunto em nossos dias tão carregados de uma teologia liberal, ecumênica e essencialmente letal. A falta de conhecimento de Deus, conforme as Sagradas Letras tem trazido grande prejuízo às igrejas em todo Brasil. Temos um grande número de evangélicos, mas nada de profundidade. O evangelho moderno não passa de um crescimento de ervas daninhas que se alastrou por toda nação; vemos um povo vazio, sem temor, sem fruto, mundano, carnal e mobilizado para atividades feitas em nome de Jesus. Um povo cego é facilmente guiado por elementos perigosos; um povo sem conhecimento é facilmente algemado pelo espírito da mentira e da superstição.
        Chegou o momento para que examinemos de perto tudo o que envolvia a vida de Isaías. É claro que não tenho toda informação precisa, mas naquilo que nos foi fornecido pelo Espírito Santo, certamente devemos apoderar para lançar luz ao texto. Lembremos bem que satanás sempre agiu para desvirtuar tudo; sempre procurar lançar confusão no meio do povo de Deus. Satanás sempre foi e continuará sendo o inimigo de Deus e do povo de Deus, por isso há de atacar a verdade, porque ele sabe que a verdade revelada é terrível perigo para seus nefandos propósitos neste mundo.
        O que Uzias representou para a nação de Judá? O texto nos lança luz à época em que viveu Isaías: “No ano da morte do rei Uzias...”. Considero essa frase de grande importância, porque os líderes da nação de Israel representavam avivamento ou afastamento de Deus. No caso de Uzias, ele não foi um tipo que parecia assim tão desviado. A passagem que trata a respeito do seu reinado é o pequeno cap. 26 de 2 Crônicas. Notemos bem ali que Uzias não foi um homem que partiu para a idolatria; não esteve de mãos dadas com reis perversos do norte. Logo no inicio do seu reinado tudo indicava que Uzias seria realmente um grande líder espiritual para Israel. Foi ao trono muito novo e sem qualquer experiência, mas teve como tutor um homem muito espiritual – o sacerdote Joiada. Enquanto este homem estava vivo Uzias conduziu bem o povo e a nação teve muito sucesso com as bênçãos de Deus. Uzias mostrou aos poucos que era um grande líder, um verdadeiro visionário, muito capaz e engenhoso. Com toda essa dinâmica para dar a nação todo suprimento de recursos incríveis, a nação de Judá prosperou grandemente nos dias desse rei.
        Mas quero lembrar que a prosperidade nos dias de Uzias foi puramente material. Uzias conseguiu cercar a nação de Judá, especialmente Jerusalém de grande progresso, pois todos tinham recursos. O cap. 2 de Isaías lança luz a esse cenário social. Mas a prosperidade afastou o rei e o povo do Senhor. Após a morte de Joiada Uzias mostrou seu profundo orgulho e esse orgulho prevaleceu em toda nação. Era o orgulho de confiar em si mesmo, de achar que não precisava de Deus. A nação tinha prosperado, mas estava completamente distanciada do Senhor. Agora era o humanismo que dominava; era o homem confiando no homem, por essa razão a espiritualidade era um humanismo bem disfarçado.
        Caro leitor, a nossa situação hoje é incrivelmente igual. O humanismo é o gostoso vento que sopra levemente nos corações encharcados de orgulho. A prosperidade faz os homens assim, fazem deles seguro naquilo que têm, fazem com que eles se achem capazes e espirituais; seus deuses são fabricados em seus corações. Eles ficam surdos para a verdade revelada e criam seus próprios conceitos. Por quê? Porque querem andar em seus pecados; querem encobrir as maldades de corações corrompidos. Não há solução fora do conhecimento de Deus, da forma bíblica e por meio da pregação.

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