terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ABANDONANDO A DEUS (19)



“A tua malícia te castigará, e as tuas apostasias te repreenderão; sabe, pois, e vê, que má e amarga coisa é o teres deixado o Senhor teu Deus, e o não haver em ti o temor de mim, diz o Senhor Deus dos exércitos” (Jeremias 2:19)
O CONFRONTO COM O SENHOR DOS EXÉRCITOS: “...diz o Senhor dos exércitos”
        Prezado leitor, somente o Deus de compaixão para revelar aos que se desviam a terrível escuridão que lhes aguarda, por terem abandonado a fonte de toda bênção. Sinto-me tão triste por saber que meus argumentos são tão frágeis na tentativa de ajudar meus leitores. Mas, minha confiança não está nas pobres palavras as quais formam meus argumentos. Deus há de honrar sempre a Palavra Dele! Meu trabalho consiste em ser fiel na exposição daquilo que está escrito, a fim de que o Nome do Senhor seja proclamado em glória no meio dessa fumaça de apostasia.
        O trabalho final em torno desse tema é mostrar aos meus leitores que a prova de toda apostasia está num coração ausente de temor: “...e o não teres o temor de mim...”. O homem que não teme o Senhor jamais andará pelo caminho de santidade e pureza. Não há organização humana que possa mudar o coração do homem, porque nascido no pecado sua disposição é persistir, continuar na rebelião contra Deus, mesmo que esteja cercado das luzes da verdade bíblica. O coração do homem é um santuário secreto do mal e ali ninguém pode penetrar, a não ser o Senhor, conforme Ele mesmo diz: “Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração...” (Jeremias 17:10).
        Tenho um argumento a mais na tentativa de fazer com que aqueles que estão se desviando do Senhor volte humildemente para Seus santos e retos caminhos. Meu argumento final baseia-se na impossibilidade de contestar-se contra o Senhor: “...diz o Senhor dos exércitos”, justamente porque no texto o Senhor se apresenta como o Senhor dos exércitos. Veja, caro leitor, como Israel recusava a face de misericórdia do Senhor, mas estava correndo em direção ao  juízo. Eles desconheciam o Deus verdadeiro; eles O comparavam com seus abomináveis ídolos e não sabia que quando os homens se armam contra o Senhor vão ter que encará-Lo como o Senhor dos exércitos.
        Os profetas do Senhor anunciavam o perigoso caminho pelo qual a nação se enveredava; eles avisavam fielmente que o Senhor já tinha chamado uma nação poderosa; que os babilônios estavam chegando, armados e bem preparados trazendo a vingança do Senhor. Nabucodonosor era um servo de Jeová e seu exército cruel era o exército do Senhor que cumpriria os propósitos Dele em castigar aquele povo. O exército babilônico seria a espada do Senhor; seria o martelo punitivo de Deus; viria com furor e sem qualquer misericórdia contra adultos e crianças, porque foram advertidos e não se arrependeram de suas maldades. A nação estava encharcada de idolatria e essa prática maligna afundou o povo em maldades praticadas uns contra os outros (Ezequiel 22).
        Caro leitor, a mensagem do evangelho vem anunciar que o Senhor não mudou; que Ele tem Exércitos e são numerosíssimos. Note bem que a palavra “exército” está no plural, indicando que todos os exércitos de animais, de homens e de anjos estão à Sua disposição. A mensagem do evangelho chega para advertir os homens dos terríveis perigos que encontrarão no final do caminho errado que tomaram. O Deus de amor que aparece cheio de compaixão é o mesmo Senhor que aparece no final do caminho errado que os pecadores tomaram. O mesmo Deus que chega para usar de misericórdia com aqueles que se humilham e se arrependem, é o mesmo Deus que também endurece os corações de homens e mulheres que se obstinam em andar na teimosia de seus corações.
        Caro leitor, não há amigo como o Senhor, mas também não há inimigo como Ele. Não há felicidade comparável ao Seu amor, mas também não há terror que seja comparado à Sua Ira.

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