segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

FÉ INÚTIL (3)




Jim Ellif
         Considere esta ilustração. O homem da mão ressequida procurava frequentemente endireitá-la. Então, Cristo ordenou: “Estende a mão!”. Ele precisava... mas não era capaz, pois, mui tas vezes, havia procurado fazê-lo, sem obter resultado. Agora ele o fez! Por que esta experiência foi diferente? Nesta ocasião, Deus estava envolvido. A fé exercida por este homem foi a única resposta razoável à atividade de Deus. Começou e terminou com Deus. O Vento estava soprando. Embora tenho sido uma experiência de fé, este homem não demonstrou fé sem que, primeiramente, Deus o capacitasse.
         Mortos não ressuscitam. O corpo de Lázaro estava exalando mau cheiro atrás da pedra que fechava o túmulo. “Lázaro, vem para fora!”. Mortos não ouvem. “Lázaro, vem para fora!”. Ele precisava sair... ele não podia... mas o fez! Paulo ensinou que você e eu estávamos mortos em delitos e pecados. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos” (Efésios 2:4,5). Observe as palavras: “Deus... nos deu vida!”.
         Imagine quatro homens que se trancaram em um armazém abandonado, após roubarem a chave do proprietário. Compraram toda a bebida que precisavam para uma noite de jogo. Uma luz rústica paira sob a mesa de jogo. Profanação e álcool correm livremente. Então, pela madrugada, ouve-se um grito vindo de fora: “O armazém está pegando fogo!”. Olhares inquietos são trocados. Mas o idealizador daquela noite ameniza todo o pânico, dizendo: “Não se preocupem, temos a porta. Sairemos apenas se for necessário”. O jogo continua. Logo em seguida, ouvi-se novamente um grito vindo de fora: “A porta está trancada!”. De novo, a inquietação, à qual o líder responde: “Calma, rapazes; eu tenho a chave”, mostrando-a arrogantemente. Pela terceira vez, ouve-se um grito: “Aquela chave roubada está com defeito; não funciona do interior!”.
         Apressadamente, eles viram a mesa, derramando bebida no chão. Correm para a porta. Agitados, introduzem a chave na fechadura e percebem que ela não funciona, assim como a voz dissera. Forçam a maçaneta até quebrá-la em suas mãos. Enquanto blasfemam e berram, chutam a densa porta, sem resultado. Estão condenados.
         Para que os homens se libertassem, a pessoa do lado de fora deveria passar-lhes a chave correta por baixo da porta, para usarem-na. Assim, o único que poderia salvá-los era o proprietário, vítima do roubo. Ele tinha sido alvo de muitos escárnios durante toda a noite. Aquele que os ladrões consideravam seu inimigo era a única salvação deles.
         Por favor, não pensem que, ao utilizar esta ilustração, estou dizendo que a fé não possui a devida importância ou que Deus vai ignorar uma fé genuína, criada por Ele. A chave da fé abre a porta, assim como a vela do barco pega o vento; todavia, é um assunto que pertence a Deus, mais do que você e eu podemos imaginar. Devemos pergunta a nós mesmos: “Deus me tornou Seu filho? Estou vivo?” Não é suficiente perguntar: “Tive alguma experiência que chamo de fé?” A fé que temos é inútil, a menos que Deus esteja salvando. Somente Deus salva, mas salva pela fé.
















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