quinta-feira, 10 de março de 2016

QUANDO UM CAMINHO PARECE DIREITO (4)




“Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Provérbios 14:12)
 O CAMINHO APARENTEMENTE DIREITO.
        Amado leitor, temos perante nossos olhos outra maneira de encarar o caminho, porque o caminho pode parecer, também, aparentemente direito. E eu creio que é nesse ponto que muitos se perdem, porque o engano aparece exatamente onde tudo é belo aos olhos dos homens.
        Primeiramente vemos que é feita uma avaliação pelo próprio homem: “ao homem...”. Conheci e conheço pessoas que avaliam a vida do seu ponto de vista, mediante o que ele pensa ou sente. Especialmente em nossos dias esse critério tem sido muito usado por aqueles que buscam um modo religioso de viver. Muitos dizem: “Nada vejo de errado”, ou “Deus tem me abençoado”, ou “estou me sentindo bem”, etc. Mas não foi assim com o povo da pequena cidade de Laís? (Juízes 18). Pois é, aquele povo se sentia seguro e nada havia de perigo ao derredor, segundo o que eles asseguravam. Mas eles nem sequer imaginavam que as assolações estavam pertos e que suas vidas estavam ameaçadas pela ira de Deus, conforme o relato de Juízes 18.
        Os homens costumam avaliar seus caminhos à luz da sua própria opinião, seguindo os preceitos do seu próprio coração, mas eles nem percebem que estão caminhando por lugares escorregadios e inseguros. Por quê? Porque não baseado em algo documentado. Eles estão sendo sábios aos seus próprios olhos; falta neles o temor ao Senhor, por isso andam sozinhos e no íntimo afirmam que estão certos, e que no final tudo terminará bem. Milhares se assentam em sua religião e dizem que estão bem, e até mesmo afirmam que Deus os tem abençoado muito. Conheço alguns que vivem em seus pecados e ainda querem orar para sentir que nada há de errado em suas vidas.
        Mas quero aqui mostrar que tais caminhos parecem direito aos olhos deles, mas não aos olhos de Deus. Digo que é tudo feito à luz da situação presente, e é aí que o pecado mostra sua sutileza. Os homens pensam que a vida é maravilhosa enquanto estiverem sentindo de perto os raios do sol brilhando e que nada os perturba; que estão com saúde, que podem andar, passear, ter amigos, ter comida e bens. Que caminho perigoso e letal!
        Também, muitos avaliam seus caminhos à luz das suas emoções. Aliás, a religião dos sentimentos tem crescido muito em nossos dias. Satanás tem feito com que os homens não pensem, e eles até mesmo evitam pensar. Por essa razão a saudação mais comum hoje é a mesma que os falsos profetas tinham em suas bocas: “Paz, paz”. Eles não querem conflitos, não querem pensar; não querem saber se o conteúdo do viver tem veneno; não querem discutir opinião; para eles todos estão certos, porque é assim que devemos proceder numa democracia. Tudo hoje funciona como “parede de proteção” contra tudo o que é absoluto. No viver social estão solidários com todo tipo de pecado; na religião estão todos curvados à uma divindade que não os leva a pensar, mas apenas a sentir. As músicas são feitas com a intenção de evitar confronto com a verdade.
        Ora, esse caminho é belo, lindo, encantador e admirável ao gosto dos homens. Ele parece ser direito e ninguém pode se opor a ele. É lindo e parece ser direito, mas seu final dará em caminhos de morte. Homens e mulheres sem uma fé documentada, são como navios à deriva num mar revoltoso; são como cegos circulando à beira de um precipício; são loucos que pensam que são sábios. Eles podem exaltar a fé deles; eles podem saltitar de alegria e dançar à luz das suas emoções, mas nada percebem que estão caminhando para os perigos eternos e que a falsa paz será mudada em terror, a qualquer momento.

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