quinta-feira, 10 de março de 2016

A VERDADE DA ELEIÇÃO (3)




“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Romanos 11:5).
INTRODUÇÃO:
        Amado leitor, se você realmente ama o livro de Deus, certamente entenderá por que estou dinamizando tanto essa introdução. Não podemos tratar de um tema tão importante superficialmente. A doutrina da eleição é vital para a saúde espiritual do povo de Deus e para mantê-lo eficiente no discernimento da prevalecente mentira de nossa época.
        Apenas para recordar, o capítulo 11 de Romanos é o final do assunto que teve início no capítulo 9 dessa carta de Paulo. Paulo está declarando que, não obstante a nação de Israel ficar endurecida contra a mensagem aos gentios; não obstante parecer que a nação de Israel estar fora do plano da salvação mediante o evangelho, realmente o verdadeiro Israel sempre existiu. Paulo declara que, para Deus o verdadeiro Israel não é a nação constituída por indivíduos fisicamente descendentes de Abraão. Nos pensamentos de Deus o verdadeiro Israel é constituído por aqueles que creem, assim como Abraão creu.
        O que vemos no cap. 9 é que Paulo mostra um Deus que age livremente, tendo compaixão de um e endurecendo a outro, e Paulo ilustra essa verdade com Jacó e Esaú: “...amei Jacó e me aborreci de Esaú” (9:13). Para afastar quaisquer buscas por justiça do ponto de vista humano, Paulo salienta o fato que Deus age entre os homens por compaixão e não por justiça, porque é evidente que se Ele agisse com justiça ninguém escaparia da eterna condenação. Vemos isso no fato que Jacó não era melhor que Esaú. Então, a doutrina da eleição processa-se no fato que é Deus agindo com misericórdia com quem Ele quiser usar de misericórdia. E quando isso acontece, eis que é óbvio que Ele há de salvar uns e endurecer a outros. É essa a lição que Paulo de modo profundo trata no capítulo 9 dessa tão maravilhosa carta.
        No capítulo 10 é revelada a fé como a maneira evidente dos eleitos achegarem a Cristo. Deus opera assim neste mundo, fazendo com que pela pregação do evangelho por meio de homens chamados por Ele, eis que a fé verdadeira vem direto ao coração do eleito por meio da pregação: “E assim, a fé vem pelo ouvir...” (verso 17). Isso significa que a eleição não desmancha a obra de evangelização, pelo contrário a eleição estimula esse ministério. Como os eleitos ouvirão se não houver a pregação?
        Mas vamos aqui avaliar essa fé, porque ela é primeiramente manifestada em confissão: “Se com a tua boca confessares...” (10:9). Arrancou a confissão e a fé deixa de ser fé verdadeira, porquanto Deus lida com o coração e não com mera mente ou emoção. É também uma fé que provém da Palavra: “E assim a fé vem pelo ouvir...” (17). Notemos bem que Deus tem na pregação todos os meios perfeitos para que as Seus eleitos cheguem a Cristo e sejam salvos. Também, é uma fé que invoca o Nome do Senhor: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (verso13). É então que a verdade aparece conforme vimos acima, que os eleitos não estão apenas em Israel, mas no mundo inteiro.
        Enfim, temos no cap. 11 de Romanos o fato que é Deus em Sua soberana atuação, que opera neste mundo, com Israel e com os gentios, buscando salvar todos aqueles que na eternidade foram escolhidos para a salvação. Nestas meditações vamos seguir esse santo roteiro; vamos conhecer essa história eterna, porque o Senhor Deus nos entregou em Sua Palavra. Vamos conhecer quem são esses homens e mulheres que um dia, na eternidade, o Pai aprouve escolhê-los em Seu amado Filho (Efésios 1:6). Caro leitor, almejo que sua fé seja confirmada e que seu viver seja cheio de gratidão, pois quem somos nós? O que Ele viu em nós para usar de compaixão assim?

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