segunda-feira, 28 de março de 2016

AQUELES QUE POSSUEM VIDA ETERNA (4)




“Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna. O que, todavia se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36).
A AUTENTICIDADE DA GENUINA FÉ: “...quem crê no Filho...”.
        Amado leitor, visto que estamos presenciando os dias mais terríveis, de apostasia e de planos diabólicas para confundir a nossa fé, não há dúvidas de que é de vital importância que examinemos à luz da Bíblia a diferença entre a fé verdadeira e a falsa fé. Precisamos saber que há a fé natural, a fé que crê em Deus, mas que jamais confessa ao Senhor; a fé que busca sinais e maravilhas, a mesma que habitava nos corações incrédulos dos judeus; a mesma que nada diferencia da fé que os demônios têm, conforme Tiago fala em sua carta (2:19).
        Cuidemos porque Satanás é o principal articulador dessa fé, e é claro que ele pode encher igrejas de pessoas que creem naturalmente, creem como qualquer outro pode crer, mas que em nada opera de diferença na maneira de viver. A fé verdadeira tem asas de águias (Isaías 40:39), por isso avança, espera, confia e é perseverante. A fé genuína não tem a assinatura de Deus no coração, ela é apenas a forma melhor que o homem no pecado pode viver religiosamente e até mesmo pode ir longe em mostrar o quanto é capaz de realizar nesta vida, assim como os fariseus faziam.
        Mas em João 3:36 o Espírito de Deus trata ali da verdadeira fé: “Aquele que crê no Filho”. Como o homem no pecado pode crer no Filho de Deus? É impossível! Pode ter aprendido alguma coisa acerca de Jesus; pode ser instruído em confiar em Jesus e Maria, em Jesus e noutro nome qualquer, mas o crer que opera salvação e vida eterna é algo impossível e não pode, jamais, vir do coração corrompido e incrédulo do homem natural. Se o leitor for atento no exame das Escrituras, sem dúvida vai perceber que essa fé natural opera em homens e mulheres, mas ao mesmo tempo percebe-se que ela é dinamizada por elementos naturais e influenciada por superstições.
        Note bem que a mulher de Pilatos acreditava que Jesus era de fato o Justo (Mateus 27:19), mas o fato que a fé foi mobilizada pelo sonho que tivera na noite anterior. Seu temor não veio de uma obra realizada no coração pelo Espírito Santo; não houve uma confissão em sua boca para crer no Filho de Deus, mas foi algo do momento para alertar o marido, a fim de ele não se envolvesse na morte do Filho de Deus. Note bem que Pilatos tomou a providência de “escapar”, mas da maneira supersticiosa dele, lavando suas mãos, a fim de livrar-se do sangue Justo.
        Veja o ladrão na cruz que morrera no pecado. Ele cria em Jesus sim; ele O via como o Salvador, mas segundo os moldes de sua fé natural. Sua esperança era a mesma que a multidão de judeus tinha quando buscavam sinais e maravilhas da parte de Jesus. Note bem caro leitor, que a petição daquele ladrão condenado era a mesma que tem num coração onde habita a fé natural. Ele anelava um Salvador segundo as expectativas da carne; ele anelava ver um Salvador livre da cruz e pronto para tirá-lo também da agonia da morte. A sua fé não o levou à salvação, mas manteve estável em sua condição de um réu condenado e assim partiu para as trevas eternais.
        Milhares estão nessa condição, e são iludidos pensando que realmente são salvos. Cuidado amigo, porque satanás é extremamente habilidoso e fazer essa “rede” que prende milhares, como se pega peixes. Cuidado com a confiança vã; cuidado com a fé que brotou num coração natural, mas que em nada manifestou em lábios purificados, a fim de confessar a Jesus como Salvador e Senhor; que jamais invocou o Nome do Senhor, a fim de ser salvo. Que perigo! Por essa razão que a Palavra de Deus ordena para que examinemos nossa fé (2 Coríntios 13:5). Veja que a verdadeira fé está firmada na cruz e estruturada na Rocha dos séculos. Veja que a fé verdadeira repousa apenas na suficiência do Salvador bendito e caminha firme nas sólidas promessas da graça infalível

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