quarta-feira, 23 de março de 2016

A VERDADE DA ELEIÇÃO (11)




“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Romanos 11:5).
CONHECENDO O PODER DA ELEIÇÃO.
            Amado leitor, veja bem como Paulo mostra no texto que não pode haver qualquer combinação entre graça e obras. Onde tem a mão do homem, a decisão do homem, então é obra. A graça opera onde o homem mostra o que ele é – um verme – incapaz de mover-se um milímetro para Deus. Por essa razão a doutrina da eleição vem para silenciar a religiosa carne, porque até mesmo nesse santo ensino ela ainda ousa sobressair-se, tentando ostentar uma eleição baseada numa suposta previsão de Deus, vendo os que tomariam uma decisão para Ele: “Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra” (Romanos 11:6).
            Agora veremos o poder gracioso da eleição. Examinemos bem o texto, porque a resposta está sempre naquilo que Deus prova nas Escrituras, e não em meus frágeis argumentos. Para mostrar o poder da eleição, o que Paulo faz é mostrar o que acontece quando não é feito por eleição. Se odiarmos o precioso ensino da atuação soberana de Deus, certamente teremos perante nossos olhos tudo o que a carne gosta. A religião de nossos dias oferece sim um prato cheio que satisfaz os anelos do homem natural em exibir seus atos e mostrar no mundo o quanto ele é capaz de ser “espiritual”. Veja, então, como Paulo exemplifica isso com a própria nação de Israel. O que acontece quando Deus, em Sua livre misericórdia não atua numa nação? 
            1. Exemplificando em Israel: Primeiramente haverá uma religiosidade sem nenhum valor. Foi exatamente o que nosso Senhor presenciou quando nasceu e viveu como homem em Israel. Havia uma religiosidade fundamentada em conceitos de homens, os quais usavam a lei de Moisés para seus fins perversos. Ilustro aqui com aquela ocasião que Jesus, lá em Nazaré entrou naquela sinagoga e passou a expor uma passagem em Isaías, a qual se tratava da Sua vinda. O resultado foi terrível, pois aqueles que ali frequentavam, com intenso ódio quiseram matar o Senhor, simplesmente porque mexeu no orgulho religioso deles (Lucas 4:14-30). Lembramos também de como nosso Senhor lidou com os arrogantes e perversos fariseus e escribas, e que sem qualquer timidez os chamou de “víboras” e “hipócritas”.
            É exatamente isso o que Paulo quer mostrar no cap. 11 de Romanos. Quando não é por eleição, eis que prevalece sim a religião, mas sem vida e totalmente cheia da força da carne e do mundo. Veja bem caro leitor, que essa verdade está sendo vista em nossos dias, quando reina a apostasia; quando vemos pastores e igrejas abandonando a verdade revelada, a fim de dar plena ênfase ao homem. É incrível como tem crescido a popularidade desse atraente “evangelho” em nossos dias. Mas vemos que por detrás de tudo isso nada existe de valor eterno; tudo não passa de encenação da carne, a qual quer sim arrancar toda verdade e estabelecer no mundo a religião que é segundo o coração dos homens.
            Nessa atmosfera de prevalecente afastamento da verdade, eis que paulatinamente os homens vão arrancando os verdadeiros valores; a verdade da cruz é arrancada e aquilo que é de fundamental importância para a igreja de Deus é transformado em motivo de chacota. Estamos já presenciando a ausência da mensagem do arrependimento; estamos vendo com tristeza a tentativa de unir o que é santo com o que é profano. Ó, que tristeza! Não falta uma genuína manifestação da bondade de Deus em nossos dias? Não é o momento para que choremos, vendo a ruína de tudo ao nosso derredor? Não é o momento para que lamentemos vendo a ira de Deus sendo despejada sobre a terra?

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