sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

AUSÊNCIA DE TEMOR A DEUS (2)




“ Não há temor de Deus diante dos seus olhos” “Romanos 3:18”
O QUE SIGNIFICA AUSÊNCIA DO TEMOR DO SENHOR.
        Caro leitor, tendo dado a introdução desse assunto, vamos agora examinar de forma bíblica o que essa verdade significa na prática. É óbvio que não me considero qualificado para expor um assunto tão poderoso, que investiga o homem no coração. Mas nosso poder vem de Deus e da Sua Palavra e é ela que os homens precisam ouvir caso contrário estarão envolvidos em perigos terríveis, advindos da ira de Deus.
        O que realmente significa ausência do temor do Senhor no homem? A primeira lição que claramente emerge perante nossos olhos é que o homem no pecado percebe tudo aqui à luz daquilo que é natural, ou da natureza. É exatamente isso o que ensina o livro de Eclesiastes. O homem no pecado, sendo espiritualmente morto, então não passa de um cego, assim como se torna cego alguém que fisicamente está morto. Por fora ele consegue vê tudo o que estiver ao alcance da sua visão física, mas nada poderá entender de Deus. Sendo assim, eis que o homem no pecado não tem lugar para Deus em seu viver, porque Deus é espírito (João 4:24).
        O homem no pecado pensa em Deus sim, mas completamente distanciado da verdade bíblica, conforme os salvos compreendem e aceitam pela fé. Então, Deus não está presente; Deus está distante, muito longe; ou mesmo, Deus está ocupado e limitado à distância, assim como os homens estão. Não há nada da verdadeira teologia no coração do ímpio; ele não aceita nada acerca dos atributos naturais de Deus, como Sua onipresença, onisciência e onipotência. Por essa razão os homens no pecado vivem como vivem e visto que Deus não está presente, então acreditam que são livres para fazer o que querem fazer. Não foi assim com Balaão? Enquanto nada percebia da presença de Deus, eis que tomou o caminho para amaldiçoar Israel, e só foi interceptado pela ação poderosa de Deus usando aquela jumenta (Números 22). Saulo de Tarso nada via à frente que pudesse conspirar contra suas intenções perversas contra o povo de Deus, até que a presença santa e gloriosa do Senhor entrou em ação (Atos 9).
        Amado leitor, tentar explicar ao homem natural acerca da glória de um Deus invisível, é a mesma coisa que tentar expor as cores das flores para um cego. Nem mesmos milagres realizados aos olhos dos homens no pecado conseguem fixar tais verdades em seus corações e assim levá-los ao temor ao Senhor. O cap. 6 de João mostra como aquele milagre da multiplicação dos pães somente despertou naquela multidão de judeus cegos o famigerado desejo por um mundo materialmente melhor. Veja Israel assim que saiu do Egito e atravessou o mar vermelho. Não era para aquele povo todo estar cheio do temor do Senhor e pronto para obedecê-Lo, depois de ter visto tantas maravilhas? Mas, veja o resultado de tudo isso aos pés do Monte Sinai (Êxodo 32), quando ali eles, entendendo tudo como homens no pecado entendem, fizeram aquele bezerro de ouro para adorá-lo.
        Amado leitor, no mundo do pecado não há lugar para Deus, para Sua glória, para o temor que Lhe é devido. Nesse sistema enganador não há lugar para o reino invisível – dos céus. Tudo aqui opera diametralmente oposto aos ensinos celestiais, os quais somente os santos podem aprender. Tirar os ímpios desse sistema para conhecer o Senhor Deus e aprender a temê-Lo é como tirar peixes do seu habitat natural para respirar como nós respiramos. Os homens no pecado são defuntos espirituais; têm olhos, mas não veem e não há nenhuma religião que possa dar-lhe essa santa visão do Senhor.
        Mas Deus faz isso pelo Seu poder transformador. Quando o evangelho chega para salvar, eis que homens e mulheres passam a conhecer o Senhor no coração. Então tudo muda e seu caminho passa a ser diferente.

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