sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO VI O homem morto no pecado (4)


“A garganta deles é sepulcro aberto, com a língua urdem engano...” (Romanos 3:13).
O REFLEXO DO PECADO NA LINGUA: “com a língua...”
        Amado leitor, quero lhe convidar, para que juntos entremos nessa “sala de aula” da graça e que realmente interessemos por essa matéria que trata da depravação total. Veja como Deus vê o homem por dentro; como o Senhor “rasga” a garganta, a fim de mostrar o que sai do coração; como os sintomas do pecado se manifestam por meio da língua. Sei que se chegarmos de todo coração realmente aprenderemos, conheceremos o que significa o temor do Senhor e aprenderemos o que significa gratidão por tudo o que Ele em Sua graça fez por nós.
        O que significa “...urdem engano...”? Quero mostrar conforme as Escrituras como surgem os princípios do pecado. O que vemos por fora normalmente esconde a realidade interna. Normalmente as iniquidades escondem suas “unhas” quando aparecem; normalmente as transgressões tentam agir como Jezabel, “...pintou em volta dos olhos e enfeitou a cabeça...” (2 Reis 9:30). Quando o pecado aparece é comum vir como um glacê, enfeitando superficialmente o bolo envenenado. Quando Davi viu no íntimo a malignidade do seu pecado, o que houve por fora foi uma manifesta aflição (Salmo 51). Foi a partir desse conhecimento da vileza e malignidade do pecado no íntimo, que o Salmista orou no Salmo 139, a fim de que o Senhor sondasse o seu coração e trouxesse à lume tudo o que estava oculto.
        Por que os homens modernos nada sabem acerca de suas maldades? É justamente por isso, porque quando eles se manifestam por fora estão bem trajados de egoísmo e de desculpas. Os homens não sabem o quanto a maldade que sai do coração é venenosa, cheia de mentiras, de planos perversos e de malícias e dolos. Porque as pessoas não conseguem ver a realidade do coração, eis que a natureza maligna do pecado age como se Deus também pudesse ser iludido. Não foi assim com a perversa Jezabel quando planejou matar Nabote? (1 Reis 21). Imediatamente seus malignos planos surgiram e foram postos em ação, mas apareceram trajados de justiça e piedade. Foi assim também com Amnon, o qual queria a todo custo tirar a virgindade de Tamar, sua meia irmã. Todo planejamento foi feito de tal maneira, para que ninguém percebesse a maldade desse ato criminoso e cheio de vileza (2 Samuel 13).
        Caro leitor, que sejamos tomados de verdadeiro temor, pois desde o útero de nossa mamãe viemos com toda disposição para a mentira: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras” (Salmo 58:3). Notemos bem que essas disposições malignas não aparecem por causa do ambiente em que ela vivem; não surgem porque aprenderam com os pais ou com amizades perversas. Elas já nascem com isso e vem à tona assim que crescem. Quando a Bíblia manda os pais usarem a vara da correção, a finalidade é arrancar essas estultícias do coração da criança. Quando elas se tornam notoriamente depravadas e perversas é porque essas coisas com as quais nasceram estão aí prontas para usar mãos, pés, boca, etc.
        Caro amigo, uma serpente não precisa crescer para ter veneno. Ela já nasce venenosa. Assim também os homens já nascem com essa disposição de “urdir engano”. Homens e mulheres já entraram neste mundo com toda disposição de mentir, rebelar-se contra os pais, odiar, invejar, trapacear e prejudicar aos seus semelhantes. É exatamente isso o que o texto acima nos diz: “...com a língua urdem engano...”.

        E você amigo, pode entender essa verdade? Pode reconhecer as façanhas do coração? Quem pode mudar isso? Quem pode nos arrancar dessa trágica situação na qual o pecado nos colocou? Somos melhores? Não! Graças a Deus, porque Ele enviou Seu Filho ao mundo para que fôssemos arrancados dessa condição tão triste!

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