quinta-feira, 19 de novembro de 2015

AS BEM-AVENTURANÇAS I - OS POBRES (5)


“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:1-9)
OS POBRES DE ESPÍRITO.
        Caro amigo, chegou o momento para que conheçamos de fato quem são os “pobres de espírito”. Veja bem que nosso Senhor não começa com outro título, porque Ele está anunciando o que vem do reino dos céus e os que farão parte desse reino são pessoas pobres, homens e mulheres que nada têm. Mas importa que encaremos essas verdades do ponto de vista de Deus e não deste sistema mundano tão divorciado da verdade.
        Se seguirmos a verdade conforme as Escrituras, certamente teremos que examinar o que significa pobreza para Deus. Esqueçamos do que o mundo pensa e fala acerca de pobreza, porque é certo mundo sempre vai pensar nos aspectos materiais e sociais. Ora, nosso Senhor enfrentou essa situação, porque em Sua bondade Ele serviu ao povo também nesses aspectos, mas tudo tinha uma finalidade: mostrar as realidades eternas. Nosso Senhor não veio para aliviar o jugo da pobreza que estava sobre o povo de Israel naqueles dias. Ele jamais saiu para publicar que queria curar, ressuscitar, multiplicar pães, etc. Sua missão era eterna, por isso veio não somente trazer coisas eternas, coisas do reino dos céus, como também veio lidar com os homens no coração.
        Então, a verdadeira pobreza vista por Deus é o estado de espírito do homem e não sua condição física e social. Em tudo Sua linguagem sempre foi usada para comparar aquilo que passa com aquilo que dura para sempre. Ele falou de pão, mas para mostrar a necessidade dos homens do pão eterno (João 6:35); quando falou de água tinha a intenção de mostrar aquilo que a alma precisa e não o corpo, conforme a linguagem falada à mulher Samaritana: “Quem beber desta água tornará a ter sede” (João 4:13).
        Então, posso resumir dizendo que a verdadeira pobreza vista por Deus é a pobreza espiritual e não da carne; é o descobrimento no íntimo de sua miséria e completa ausência das coisas eternas; é a alma se vendo sem qualquer alimento eterno, sem qualquer água eterna e sem qualquer bem eterno. A palavra “pobre” realmente quer dizer pobreza mesmo. Vemos algumas pessoas pobres, mas que ainda tem algo para comer e água para beber. Mas quanto ao “pobre de espírito”, ele de fato nada tem, está completamente desamparado e clamando por Deus. É pobreza total, é completa falácia.
        Agora a pergunta que segue é: “Como o homem pode chegar a conhecer essa condição de sua alma?”. É claro que nada podemos esperar dos homens, que eles vão de repente sentir sua miséria e clamar a Deus. Por natureza o homem é altivo e presunçoso em relação a Deus. O efeito mais alarmante do pecado é a soberba (Habacuque 2:4) e até à sua morte o homem será assim; nem mesmo sofrimentos e dores podem arrancar os homens dessa atitude vil de desafiar a Deus, a fim de viver como bem quer. Conheci pessoas nunca situação que causava dó; muitos sem dinheiro, sem comida e sem amparo, mas no tocante a Deus, eis que seus corações eram completamente endurecidos e arrogantes.

        Pensemos e meditemos nisso, mas o fato é a graça de Deus vem com Suas riquezas do céu à terra para encher homens e mulheres paupérrimos dessas maravilhas. Digo mais, que o Senhor tem prazer em ver homens e mulheres nessa condição; Ele desce do céu para falar com pessoas assim; Ele age como o pai quando foi ao encontro do filho pródigo e o recebeu com muita alegria. As bem-aventuranças são boas novas para homens e mulheres assim, nessa condição.

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