quinta-feira, 31 de julho de 2014

DEUS E SEUS INIMIGOS (26)




Apresentar-se-á voluntariamente, o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens (Salmo 110:3)
CONQUISTA ETERNA NA RESSURREIÇÃO: “...como orvalho emergindo da aurora...”
         Caro leitor, que gloriosa e eterna conquista do Senhor em pleno território inimigo! Ele não somente veio para salvar os perdidos, como também para dar-lhes a ressurreição perfeita. Essas boas novas aparecem no Salmo 110:3, nas palavras que uma Pessoa da divindade transmite à outra Pessoa: “...como orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens”. Creio que é imprescindível um conhecimento melhor desse ensino tão cheio de esperança para os crentes.
         A nossa frágil habitação terrena pede a ressurreição. Paulo intensifica esse assunto à partir do cap. 7 e envolve todo cap. 8 de Romanos. Paulo mostra que os crentes habitam num corpo pecaminoso e extremamente fraco. O cap. 8 nos mostra que é tão profunda a corrupção de nosso corpo mortal, que o Espírito de Deus veio habitar nos crentes, a fim de fortalecê-los na jornada. O efeito do pecado é tão devastador em nossos corpos, que há um gemido no íntimo do crente, anelando a transformação eterna que virá. O mundo não espera a ressurreição, o mundo espera que tudo há de melhorar aqui, que o mundo mesmo tem recursos para afastar os problemas causados pelo pecado.
         Outro detalhe no que concerne à ressurreição, é que a própria natureza criação reclama a ressurreição (Romanos 8:18-22). Sabemos que a criação não é culpada da entrada desse inimigo atroz que é o pecado. Sabemos que todas as criaturas enfrentam as lutas da sobrevivência, mas a reação é impressionante. A criação milita contra o pecado e em nada absolutamente se submete aos homens. A criação carrega consigo severos juízos contra os homens, a fim de exterminá-los da face da terra. Mas no tocante aos crentes a criação espera que eles saiam daqui e mude essa situação tão caótica com a ressurreição. Caro leitor, não há esperança para este mundo fora da ressurreição. Ainda o pecado mostra seu poder que trouxe a morte e o domínio de satanás. Não há como mudar este mundo onde habita a morte, a dor e a escravidão.
         Vou além para afirmar que a atitude dos santos no passado prova isso. A alma convertida sempre será direcionada à ressurreição. Um evangelho que prende os homens nas promessas de um mundo melhor, não passa de outro evangelho. Mesmo no Antigo Testamento vemos os santos de Deus focado na esperança da glória. Todo serviço deles feitos aqui tinha em mira mostrar a força da fé que é abastecida no combustível da ressurreição. Suas riquezas terrenas eram conduzidas nas asas da eternidade, na convicção que o invisível é infinitamente superior ao visível. Os grandes homens de fé viviam assim, olhando a glória eterna e aguardando o reino de Deus.
         Como exemplo, encaremos a vida de José no Egito. Todo seu sofrimento e exaltação foram lições graciosas de Deus; seus olhos foram abertos e ele mirou além do véu. Por essa razão pode entender a história à luz da soberania de Deus e assim trouxe pode conceder pleno perdão e segurança aos seus irmãos (Gênesis 50). Onde estava a esperança de José? Numa prosperidade mundana? Jamais! Sua posição de governador foi algo passageiro, pois seu coração estava nas promessas de Deus para seu povo. José olhava o invisível! Nosso tempo é pouco para tratar de grandes nomes que viveram acima dessas promessas terrenas; ignoraram as vantagens deste mundo porque viram o invisível, contemplaram a glória que viria. Esses homens e mulheres jamais morreram, estão vivos e o Deus deles é ainda seu Deus.
         Caro leitor, estamos tão acostumados a esse sistema organizado na mentira, que não conseguimos avaliar a necessidade da perfeição que virá na ressurreição. Cristo conquistou tudo isso para Seu povo ali na cruz, quando condenou o pecado, a morte, o diabo e o inferno, para assegurar futuro de glória para os santos.

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