quarta-feira, 23 de julho de 2014

A MORTE DO SALVO E DO NÃO SALVO (10 de 13)




Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
A MORTE DO SALVO: “Mas Deus remirá a minha alma...”
         Caro leitor vamos juntos analisar nesse texto as lições preciosas que o Espírito de Deus tem para nosso ensino acerca da morte do salvo. Já introduzi o assunto mostrando que todo verdadeiro crente tem consciência da transitoriedade desta vida. Aliás, essa é a função do evangelho, mostrar ao pecador a visão real das coisas; tirá-lo desse sistema escravizador dominado pelo pai da mentira e levá-lo a ver o caminho certo, rumo ao céu.
         A segunda lição é que, mesmo sabendo que há de morrer; que um dia há de deixar este vale da morte a fim de morar no céu, o crente, entretanto vive com sabedoria. O crente não se apressa para morrer, ele simplesmente anda normalmente pelo caminho reto, até que entre na Cidade Santa (Apocalipse 21:27).
         Creio que devo expor o assunto de uma forma ainda mais clara. Digo e afirmo que o corpo não é rejeitado aqui enquanto vive, mas é usado para finalidade de glorificar a Deus (Romanos 12:1). Caro leitor, notemos bem que Deus em Sua graça, agindo soberanamente no território do pecado, tomou do mesmo barro e fez cada crente para ser mostrado neste mundo como vaso de misericórdia (Romanos 9:22). Acredito que esse é um dos mais extraordinários ensinos acerca do trabalho da Graça de Deus.
         Notemos bem que a graça fez com que o vaso de barro fosse preparado de tal maneira para que se tornasse habitação do Espírito de Deus. Por incrível que pareça, vasos de barros são usados por Deus para santuário de Deus; Deus está usando esse frágil corpo como um cofre, a fim de ser utilizado como o lugar do seu tesouro. Então, os crentes normalmente valorizam seus corpos, utilizando-os de forma diferente da maneira como os ímpios utilizam seus vasos de barro neste mundo.
         Cada crente deve primeiramente encarar seu corpo como dádiva maravilhosa de Deus: “Foi Ele quem nos fez e Dele somos...” (Salmo 100). Os incrédulos tomam seus corpos para enchê-los de corrupção, maldade, vícios, etc. Seus corpos são utilizados como veículos de paixões e prazeres, por isso gastam com seus corpos e anseiam dar vazão aos seus sentimentos baixos e vis. Mas pela graça os salvos escaparam dessa vã maneira de viver. Mesmo sabedores com certeza que seus corpos serão desfeitos nesse pó, os santos de Deus não procuram a morte com insensatez, como os ímpios fazem isso com seus corpos. Os santos de Deus sabem que o segredo de viver é agradar a Deus e não encher seus cálices (corpos) do veneno do pecado.
         Caro leitor, que você medite bem nesse ensino. Os santos de Deus são os que mais querem viver neste mundo, mas de uma forma sábia e útil. São eles que dão cores à vida aqui; são eles quem promovem o bem deste mundo; são eles quem santificam tudo ao derredor e ensinam que a verdadeira humanidade é estar em Cristo. Entretanto, não significa que eles amam este sistema mundano. Pelo contrário, os crentes odeiam o sistema maligno e mentiroso deste mundo e sabem bem que o sofrimento aqui é causado pela maldade do pecado.
         Então, o mundo pode aprender com os santos, porque são eles que declaram a todos que Cristo venceu a morte. Os santos choram sim quando perdem seus entes queridos, mas não há desespero e sim esperança. Os santos ensinam ao mundo que tudo aqui passará, mas que há uma razão de viver – a glória de Deus. Eles aprendem que podem dar graças por tudo (1 Tessalonicenses 5:18) e que esse Deus maravilhoso é o Criador de todas as coisas, por isso é digno de toda adoração. Com a presença dos santos a morte é vista desarmada e destruída. São os santos que na hora final podem celebrar o hino que marca sua chegada à perfeição eterna, por causa da suprema vitória de Cristo.




        

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