sexta-feira, 25 de julho de 2014

A MORTE DO SALVO E DO NÃO SALVO (12 de 13)




Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
A MORTE DO SALVO: “Mas Deus remirá a minha alma...”
         Caro leitor, esta frase no texto mostra preciosas lições extraídas da fé cristã e a fé ensina a fé. Veja como o salvo encara seu futuro; veja como os santos de Deus olha o destino de suas almas. É fundamentado nessa confiança que o crente vive aqui com sabedoria. Quando temos certeza absoluta daquilo que realmente há de acontecer, sem dúvidas vivemos aqui como pessoas bem-aventuradas.
         Prossigo dizendo que é nessa bem-aventurança da alma que nosso corpo encontra segurança e felicidade: “O coração alegre aformoseia o rosto...”, conforme afirma o sábio em Provérbios. Notemos bem o quanto a busca pelas paixões, a fim de achar felicidade é que desmancha e desfigura o homem no pecado. Ao alimentar seus anseios pelo pecado eis que ele vai perdendo mais e mais a beleza e glória natural, dadas por Deus. Veja a vida da perversa Jesabel, pois seu viver foi caracterizado por busca de paixões. Mesmo na hora da morte tentou driblá-la, pensando que com o uso de seus cosméticos atrairia Jeú (2 Reis 9).
         A beleza física permanece quando o coração está seguro na plena confiança em Deus. Quando o homem interior se sente descansado e confiante, nada pode desfazer sua aparência. Um viver santo aqui é o mais poderoso cosmético para uma bela e segura aparência. Não significa que não haverá velhice e rugas na face. Elas, porém não serão capazes de vencer a fé, o amor e a esperança. É exatamente o que diz o Salmo 92:14, acerca dos justos: “Na velhice ainda darão fruto...”. A beleza de Rute sem dúvidas foi sua virtude, fé amor e confiança no Deus de Israel. Essas qualidades fizeram dela uma mulher atraente, a ponto de chamar a atenção de um homem piedoso como Boaz (livro de Rute).
         Mas agora chegaremos à parte final de minhas meditações nessa incrível e reveladora passagem do Salmo 49:14 e 15. Veja bem caro leitor que há no salvo uma plena certeza do livramento do inferno: “Mas Deus remirá a minha       alma...”. Veja bem que não há relutância na fé, não há “talvez”; o salvo não crê em hipótese, não está trilhando caminho incerto. Veja amigo que os crentes seguem numa direção firme; eles estão plenamente certos daquilo que creem, por isso vivem como devem viver agora.
         É isso o que a Bíblia chama de “esperança”. Não é um “pode ser”; não é como se estivesse jogando na loteria da religião. Os santos pautam sua esperança no documento sagrado e esse documento é a Palavra de Deus. Eles estão confiantes num Deus que não pode mentir, por essa razão veem a morte como deixando este mundo e partindo para a glória eterna.
         Mas quero alertar para o fato que essa declaração vista no verso 15 do Salmo 49 é uma confissão e não uma mera declaração. Sendo uma confissão significa que não há possibilidade de alguém afirmar isso sem que essa plena certeza venha do coração. Ora, estamos lidando com o destino da alma, a esperança do porvir. A obra de Deus é feita mediante a Sua Palavra, mas é registrada no coração por obra do Espírito Santo. Então, os santos têm um documento externo – as Escrituras e têm também um documento interno – no coração.
         Ora, isso é importante, porquanto muitos tentam forçar a situação; tentam ter certeza, como que empurrando sua fé de qualquer jeito. Alguém pode afirmar: “...Deus remirá a minha alma...”, falando sem qualquer convicção, em nada inspirando confiança firme, porque pelo modo de viver mostra que seu tesouro está neste mundo. Quando há genuína confissão, tal confissão é percebida pela maneira santa e confiante como vive o crente neste mundo. Seguro de que irá subir para o céu, o salvo não só descansa no poder de Deus, como também vive para a glória de Deus. Veja o salvo, ele não está ocupado em ajuntar tesouros terrenos; não vive catando os louvores dos homens, pois sabe que sua herança está reservada no céu, por isso segue em santa coragem para enfrentar o dia final.


        

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