quinta-feira, 24 de julho de 2014

A MORTE DO SALVO E DO NÃO SALVO (11de 13)



Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
A MORTE DO SALVO: “Mas Deus remirá a minha alma...”
         Caro leitor, digo mais que o salvo está plenamente consciente de que seu corpo é de humilhação e ele sabe disso por experiência. Enquanto estava cego no pecado, nada sabia dessa verdade, porque seu corpo era motivo de sua vanglória e vaidade. Agora tudo é diferente, porque a verdade surgiu e o corpo do pecado aparece agora para mostrar seus terrores.
         Examinemos essa verdade de perto. Paulo afirma que o pecado habita em nosso corpo mortal; nossa carne é e será até a morte o instrumento por meio do qual o pecado se manifesta. Ora, o verdadeiro crente enfrenta essa dura realidade em seu viver e as paixões vis brotam mesmo, com força e até mesmo de forma violenta, a fim de mostrar quão terrível é o pecado. Acontece que o novo homem em Cristo, o homem interior, o qual Paulo menciona em Efésios 4:24 agora se ergue contra as manifestações externas do velho homem.
         Milhares de crentes ignoram essa verdade. Para muitos a vida cristã é aqui uma jornada de felicidade e de paz. Claro, no tocante à salvação, a paz com Deus e todas as eternas bênçãos derivadas da gloriosa conquista na cruz, os santos de Deus são felizes e cheios da paz com Deus. Entretanto, estou convicto que esse sistema moderno de evangelho tem trazido mais conforto com o mundo, com a carne e com o diabo para a população chamada de evangélica em nossos dias. Porém, digo e afirmo que da mesma forma que o evangelho nos dá internamente as delícias da vida nova em Cristo, também nos prepara externamente para uma guerra externa contra a carne, o mundo e o diabo. Não somos ordenados a ter complacência com o mal; não fomos convocados para estender nossas mãos, a fim de saudar a mentira e as iniquidades praticadas pelos ímpios.
         Veja bem caro leitor que nossos corpos formam a ampla zona de combate contra o mal. Agora o novo homem se depara com a carne, como uma fera ativa, buscando sempre se alimentar com desejos baixos e malignos. É bom que saibamos que não temos que combater contra os desejos normais, lícitos da carne. Os perigos são os desejos pecaminosos, os quais querem satisfação. É exatamente aqui que entra a luta do crente, a fim de nada introduzir na boca dessa “fera”, no que tange às suas paixões.
         Vivemos numa época quando o mundo tem sido bem preparado pelos poderes das trevas, a fim de facilitar as paixões. Tudo tem sido bem feito para que aquilo que é pecaminoso, maligno e digno de todo ódio e punição, seja aceito pelos crentes como coisas normais. Muitas abominações estão sendo aceitas até nos meios cristãos em nossos dias e são tratados normalmente como se essas práticas cruéis e impiedosas fossem recebidas por Deus como puras e dignas.
         Caro leitor, Satanás tudo tem feito para calar os crentes, mas o fato é que ele consegue manipular, subornar e silenciar os falsos crentes. Mas não os sinceros e leais filhos de Deus. Eles lutam por santidade; lutam contra aquilo que Deus odeia, porque a natureza santa de Deus habita no crente sincero. Os santos de Deus enquanto vivem neste mundo são cheios do amor de Deus; são pessoas de confiança e justiça no viver. Mas a natureza santa de Deus neles os levará a odiar o pecado: “O amor seja sem hipocrisia, detestando o mal e odiando o bem” (Romanos 12:9).
         Caro leitor, a luta pela santidade e justiça no viver do crente é luta às vezes sangrenta. Muitos crentes enfrentam terríveis oposições e perseguições por causa dessa batalha ativa contra a carne. Não fomos chamados para curtir os prazeres e luxúrias deste mundo, mas sim para fugir e negar os infames desejos da carne no dia a dia.  

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