sexta-feira, 2 de setembro de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (7)




“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
A HISTÓRIA DESSA BUSCA POR SATISFAÇÃO.
        Posso afirmar também que essa história da busca de Deus por satisfação é a história do incrível, persistente e imbatível amor de Deus. Que ação corajosa e vencedora! Tem outra história de amor na bíblia? Porventura, a bíblia tem duas ou três histórias de amor? Não vejo duas ou três histórias nas Escrituras; não vejo o Senhor demonstrando amor por um povo e mais tarde por outro povo. A linguagem do amor de Deus é dirigida a todos os remidos, desde o princípio do mundo até o fim: “Com amor eterno te amei...” (Jeremias 31:3). O Velho Testamento nos mostra o trajeto desse amor, como foi o preparo de tudo, a fim de que pudéssemos entender os fatos no Novo Testamento.
        O que acontece é que cada crente entende esse amor do Senhor. Se Deus tivesse amado um povo no Velho Testamento e amado outro povo no Novo Testamento é claro que não haveria motivo para que os crentes buscassem satisfação no amor do Senhor tão evidenciado em suas palavras, conforme vemos em todo ensino do Velho Testamento. O amor de Deus foi provado na cruz, porque foi ali que o Senhor mostrou essa imensidão de amor que abarcou todos os seus eleitos em toda história. O amor dele desceu, buscou, sofreu, penou, morreu e ressuscitou. Então, esse amor é de fato mais forte do que a morte, pois foi o único poder capaz de derrotá-la; foi mais forte do que o inferno, pois foi capaz de trancar suas portas, a fim de que os crentes jamais caíssem lá; foi mais forte do que o mundo, porque está claro que todas as articulações e projetos deste sistema satânico são incapazes de arrancar de suas mãos aqueles que ele veio buscar e salvar.
        Então, vemos um Deus satisfeito nos feitos desse amor, pois Deus amou o mundo (João 3:16) e esse mundo que ele amou é constituído de ovelhas suas (João 10:27), daqueles que o Pai entregou ao Filho (João 17:2). Vemos também que Deus o Pai está plenamente satisfeito, porque os muitos anos jamais esgotam esse amor, porquanto ele está em plena atividade na face da terra; o Senhor tem seu braço estendido sobre todas as nações, a fim de resgatar seus escolhidos das mãos tiranas do inimigo. O que a pregação tem feito no decorrer dos séculos prova o quanto é invencível o amor de Deus, porquanto satanás furiosamente tem agitado o mundo inteiro, a fim de combater contra a luz, mas o mundo sempre foi e será derrotado e tem revelado seu completo fracasso, sendo atirado para o abismo, enquanto os salvos são tirados dessa muralha de escravidão e terror.
        E digo mais que os santos são chamados a conhecer esse amor de Cristo (Efésios 3:19). Que doce satisfação para os santos! Eles não somente foram achados pelo amor, como também são guiados e estão sob o cuidado intenso desse amor. Eles estão para sempre livres daquilo que pensavam ser amor, mas era ódio, vaidade, engano e perdição. Agora eles podem saber que foram apanhados pelas mãos de onde jamais poderão escapar. Aquele que deixou o céu e se entregou na cruz para comprar para si seu povo, ele mesmo é capaz de assumir todo e qualquer cuidado pelos seus escolhidos. Seu amor é aquele que sabe de todos os nossos defeitos, por isso trabalha para nos corrigir e aperfeiçoar-nos nesse amor santificador (Hebreus12). Não é nada fácil lidar com seres que um dia caíram em Adão, mas o amor não murcha em face da nossa miséria e fraqueza, por isso ele nos atrai com amor, com mansidão , ternura e até mesmo açoites, a fim de que passemos a entender no coração o real significado desse tão imenso amor que levou Deus a agir como agiu e age.

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