segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A NOVA CRIAÇÃO DE DEUS (2)



                            
“E assim, se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas já passaram, eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17)
A CONDIÇÃO PARA SER NOVA CRIAÇÃO: “...se alguém está em Cristo...”
        Oh quanto esta tão rica mensagem da graça desmancha toda perspectiva da natureza carnal! Os homens sempre acreditam que podem fazer algo para Deus; que são espiritualmente capazes de subir às alturas; que são puros de coração e limpos de mão e que só precisam aperfeiçoar um pouco mais e Deus estará deslumbrado com eles. Mas o que podemos esperar de nós mesmos? O que o homem em Adão pode fazer para Deus? Nós viemos ao mundo para usar todo nosso ser, a fim de tornar tortuosos os caminhos retos do Senhor; entramos neste mundo com a suficiente luz do pecado, a fim de promover destruição e para depois disso tudo sermos engolidos pela morte eterna. Como pode o pobre pecador nascido no pecador tornar-se por si mesmo uma nova criação? Sendo assim impossível, curvemo-nos perante o Deus da glória, porque é ele quem pode criar e conceder aos mortos a verdadeira vida.
        Meditemos um pouco mais na condição da primeira criação, porque o relato bíblico a nosso respeito está em Gênesis 3. Vejamos como Deus criou nossos pais; ele não criou pecadores; das santas, benditas e perfeitas mãos do criador não pode sair qualquer imperfeição. Ali estava perante Deus e perante toda criação a obra prima da criação de Deus. O Senhor não entregou à criação uma coroa de espinhos; o Senhor não lançou espinhos e abrolhos para atrair sofrimentos para a natureza. Do nosso Deus só pode advir bênçãos e ambiente de felicidade. A entrada do pecado ocorreu como verdadeira tragédia; veio como resultado de invasão inimiga, como ladrões quando entram em nossa causa e causa destruição. O que nós somos agora? Fomos produzidos por Deus? É claro que nossos corpos, mente e emoções revelam quão marcantes foi a destruição causada pelo pecado. Encaremos sobriamente nossa condição, porque o que deveria ser perfeito foi atingido pela moléstia do pecado e da morte.
        Então, necessário é que saibamos o quanto o salário do pecado – a morte mostra suas garras de terror e dita as regras do nosso pobre viver aqui e do triste destino que nos espera. Há motivo de satisfação nisso? Há motivo de celebrar vitória em face de tamanha derrota? A criação de Deus celebra a glória de Deus na terra com homens sendo reais sacerdotes da criação? Claro que não! O que vemos é a natureza monstruosa do pecado celebrando o mal, gritando contra os céus, protestando contra a santidade, adorando a criatura e festejando o diabo com celebridade. Diante de tudo isso não há necessidade de nova criação? O que deveria ser um palco de harmonia, amor, felicidade e santidade é agora dor, sofrimento, angústia, perigo e morte.
        A condição deste mundo vil, caído na desgraça da desobediência é um lugar exato para uma definitiva punição do juízo de Deus. Assim como ele fez com o dilúvio usando água, poderia fazê-lo facilmente usando fogo e enxofre, assim como fez com Sodoma e Gomorra. Mas o fato é que o texto abre o cenário celestial e revela o fato que o grande criador veio para fazer uma nova criação e que essa criação está relacionada aos homens e não mais os animais. A primeira criação foi Deus utilizando o barro daqui, mas a nova criação é Deus utilizando o que é do céu. O que é da terra é terreno, mas o que é do céu é celestial.
        Que maravilha! Os anjos estão impressionados com essa obra da graça! O mundo cego e iludido nas trevas ignora tudo. Deus está realizando a nova criação e ele faz isso conforme ele quer, porque é soberano Senhor. Cada crente, cada salvo é Deus expondo ao mundo e aos anjos as obras de seu portentoso braço. Por isso os verdadeiros crentes podem encher suas almas de regozijo em face dessa tremenda verdade.

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