quarta-feira, 27 de julho de 2016

OS CONTRASTES DA VIDA CRISTÃ (4)




                                               Salmo 126
UM TESTEMUNHO GERAL (versos 1-3).
        Precisamos ver mais de perto esse testemunho dos crentes, pois eles não veem a vida cristã aqui como paradoxo, cheia de contrastes. Quando Deus opera no meio do seu povo, salvando pecadores ou trazendo bênçãos quando tudo parece ser terrível e cheio de escuridão, eis que eles abrem suas bocas para mostrar a intensa alegria que há em seus corações: “Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo”. No momento a igreja do Senhor neste mundo passa pelos momentos mais terríveis, pois vemos o crescimento da maldade, do afastamento da verdade; vemos como muitos que antes pareciam firmes na fé, de repente mudaram de lado e se ajuntaram às fileiras mundanas. A igreja do Senhor está perplexa, atirada num canto, ou mesmo como choça no pepinal, na linguagem de Isaías.
        Nessa situação a igreja fica sufocada, porque a todo instante satanás e seu mundo cercam o povo de Deus, a fim de que os crentes não venham a se erguer em fé. O perigo para o inimigo do povo de Deus não é igrejas cheias, com muito canto e barulho. Ele sente-se ameaçado quando a palavra da verdade está sendo pregada em sua glória e poder. O pai da mentira não tem medo de programas e planos de crescimento numérico e ele mesmo sabe como encher uma igreja de elementos que nada querem com a verdade. O medo dele é que a luz da glória de Cristo venha a brilhar, porque assim ele será descoberto.
        Então, diante dessa sequidão espiritual, não há de chegar esse momento tão precioso para nós? Será que o sol da justiça continuará encoberto pela nuvem de enganos dos falsos mestres? Nós os santos estamos com nossas bocas fechadas, enquanto o mundo proclama suas festas pagãs. Não é o momento para que o povo salvo se reúna, a fim de clamar ao Senhor, para que ele venha e restaure a sorte de Sião? É claro que estamos caminhando para o lar, mas queremos andar em júbilo, plena alegria e mostrando que somos triunfantes contra um mundo maligno, contra o pecado, a morte e o inferno.
        Quantas vezes o Senhor fez isso pelo seu povo no decorrer da história. Houve casos da visitação de Deus em lugares onde tudo parecia que o pecado traria completa devastação e que a ira de Deus chegaria trazendo juízo aos povos. Mas de repente eis que o clamor do povo de Deus foi atendido, almas começaram a ser salvas e a pregação do evangelho foi exaltada. Foi assim que o povo santo regozijou proclamando que Deus havia restaurado sua sorte aqui. Onde a palavra pregada entra eis que é como chuva de bênçãos descendo do céu; é como o sol em sua força, chegando para desfazer toda escuridão e matar toda moléstia do pecado.
        Nós não estamos precisando disso agora? Claro que sim! Nosso motivo de alegria é ver o Senhor em grande atuação em nosso meio; é ver o Senhor mostrando a este mundo o quanto sua palavra é suficiente e quanto seu povo é cheio de fervor e amor por ele. A alegria banal deste mundo é motivo de nossa tristeza; as mentiras religiosas deste mundo não fazem parte da nossa confissão de fé; as músicas e louvores deste mundo não vêm de Sião, elas brotaram deste ambiente cheio de espinhos e abrolhos. Estamos rogando ao Senhor, para que ele venha e visite seu povo; que ele venha e restaure a sorte de Sião; que ele venha e traga do céu à terra suas maravilhas da graça a um mundo marcado para a destruição eterna.
        Estes comentários em torno do Salmo 126 têm como objetivo despertar os leitores crentes, para que juntos clamemos de todo coração, a fim de que Senhor derrame do céu sua compaixão, e assim o povo dele proclame seus louvores e mostre que eles sim, formam o povo salvo, valente e cheio de vitória.

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