terça-feira, 12 de julho de 2016

ONDE ESTÁ A SUA CONFIANÇA? (3)




“Então dirá: Onde estão seus deuses? E a rocha em quem confiavam? Deuses que comiam a gordura de seus sacrifícios e bebiam o vinho de suas libações? Levantem-se e eles vos ajudem, para que haja esconderijo para vós outros” (Deuteronômio 32:37-38).
A SUA CONFIANÇA PODE ESTAR NO HOMEM: “Maldito o homem que confia no homem...”
        Assim como Abraão, também Moisés era um instrumento de confiança dos judeus. Nosso Senhor fala àquele povo no cap. 5, dizendo que eles firmavam sua confiança em Moisés (verso 45). Quando a fé tem como base um homem mortal, seja ele quem for, tal fé é perigosa e chamada por Deus de incredulidade. Há muitas religiões no mundo que não têm qualquer objeto de idolatria e até mesmo recusam essa prática. Os judeus nos dias de Jesus mostravam que haviam sido curados desse ato tão perverso e que trouxe tanto castigo à nação. Mas o fato é que eles mantinham a idolatria oculta e esta é a pior que existe, porque ela opera de forma camuflada. Os piores ídolos são aqueles que estão alojados no coração e são eles que fazem os homens perversos, rebeldes e obstinados contra Deus e seu reino.
        Nada contra Moisés, Paulo, Abraão, Maria e outros nomes. O perigo está no fato que os homens ignoram a glória de Deus e buscam a glória dos homens, e quando isso ocorre, eis que o mal começa a penetrar, trazendo consigo outros inúmeros males. Na igreja de Corinto aconteceu isso, pois o povo começou a abandonar o Senhor, a fim de elevar Paulo, Apolo e Pedro. Parecia algo normal e ninguém consideraria como algo pecaminoso, até que Paulo enviou sua carta e mostrou o quanto o fermento da iniquidade já tinha entrado e solapado toda igreja com confusão, imoralidades, ódios, e outros perigos que ameaçavam a integridade espiritual daqueles irmãos. No caso dos judeus, a confiança deles em Moisés revelava ser idolatria, porque mostraram desprezo ao Senhor e aos seus ensinos santos.
        Quanto perigo envolve o viver dos homens religiosos neste mundo! Quantos estão partindo para o sofrimento porque a fé nada tem a ver com a obra da cruz, igualmente ao homem levado pela correnteza em direção à uma catarata. Na ânsia de escapar da morte segurou-se num tronco que descia, mas a verdade que o tronco de nada servia, porque não tinha nenhuma conexão com o lado de fora. Sua morte foi inevitável. Assim muitos seguram confiantemente em pessoas, na sua religião, etc. achando que poderão escapar como pensavam os judeus. Algumas pessoas confiam em seus pais, porque  eram crentes e acreditam que a fé passa de pai para filho. Quanto engano! Josafá foi um rei piedoso, mas um de seus filhos, Jeorão subiu ao trono e se tornou um verdadeiro assassino. No reino de Deus nada há com essa ligação de sangue que há aqui. Às vezes acontece que um filho seja salvo e preservará a verdadeira fé para a próxima geração, segundo os atos misericordiosos do Senhor.
        Alguém pode nascer numa religião, crescer nela e se apegar a ela até à morte porque seus pais foram fieis àquela entidade. Mas isso nada tem a ver com a fé verdadeira. Se a fé estiver firmada na segura obra da salvação em Cristo, sem dúvida alguma é um forte cabo de aço que jamais arrebentará. Aquele que começa a boa obra, Ele mesmo a aperfeiçoa (Filipenses 1:6). Mas a fé daqueles judeus era feita de material humano, por isso arrebenta imediatamente quando chegava perto da verdade salvadora. Alguns confiam num pastor, porque muitos deles são homens de forte personalidade, são líderes e santos no viver. Muitos olham para esses homens e se firmam neles, assim como alguns judeus confiavam em João batista. Alguns confiam em pastores, porque acreditam supersticiosamente que eles têm alguma ligação com o céu; que têm poderes extraordinários. Mas tal fé é sinônima de idolatria e essa fé não caminha com segurança nesta vida aqui, porque segue para a fatal condenação que paira sobre a cabeça daqueles que permanecem rebeldes contra o Filho de Deus (João 3:36).

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