quinta-feira, 28 de julho de 2016

CHAMADOS PARA ANDAR COM CRISTO (3)




“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30)
AQUELE QUE CHAMA:
        Vemos um dos mais impressionantes textos das Escrituras, onde nosso Senhor mostra o fato que ele é Deus. A religiosidade moderna vive proferindo o nome de Jesus, e para todo lugar em nosso país vemos homens e mulheres declarando que creem em Jesus e até mesmo fazendo do nome do Senhor instrumento para exibir seus poderes contra as trevas e maldições. O mundo tem seu Jesus e gosta de usar esse nome. Mas a verdade é que desconhece quem é realmente o Filho de Deus. Lembramos dos judeus, como eles ficavam impressionados com o Nazareno, como eram atraídos pelos milagres e prosperidades terrenas. Mas quando as palavras do Senhor irradiavam sua glória celestial, então eles se afastavam e ameaçavam matar o Senhor da glória.
        Mas nos versos 25 a 27 nosso Senhor entra no seu recinto sagrado, no lugar que para o mundo está completamente fechado. O que nosso Senhor faz? Ele mostra o relacionamento que sempre houve dele com o Pai. É a comunhão entre as Pessoas da divindade. É claro que o nome do Espírito Santo não aparece, porque a função da terceira Pessoa é relatar essas verdades, o que homem nenhum pode fazer. Também esse relacionamento entre o Pai e o Filho aparece no Velho Testamento em muitos lugares, conforme vemos em Isaías 5 onde uma Pessoa chama a outra de “meu Amado”. Também vemos no Salmo 110: “Disse o Senhor ao meu Senhor”. O que estamos presenciando em Mateus é a comunhão perfeita de Deus e para tal comunhão ninguém pode entrar.
        A primeira lição que vemos é o Filho exaltando a posição soberana do Pai em todas as coisas: “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra...”. que ensino tão precioso, porque aquilo que não podemos entender acerca do que acontece aqui, tudo é explicado nessas palavras do Senhor. Ele exalta o Pai como o Senhor do céu e da terra. Não é somente do céu, mas também da terra. Sendo ele Senhor da terra, então tudo está sob seu absoluto controle. Nos versos anteriores vemos a tristeza de Jesus ante o comportamento endurecido de três cidades onde ele havia operado maravilhas, mas aquelas três cidades não se humilharam e não se arrependeram como aconteceu com Nínive nos dias de Jonas. Como Homem nosso Senhor se entristeceu e comunicou à Betsaida, Corazim e Cafarnaum que o juízo contra elas seria terrível.
        É aí que entra a poderosa doutrina da soberana atuação de Deus neste mundo, porque tudo acontece segundo a sua vontade; o Senhor Jesus sempre agiu observando perfeitamente a autoridade do Pai em tudo o que fazia. Então, o que vemos aqui, a dureza dos homens, a persistência no pecado, a arrogância e rebelião contra Deus, os olhos e ouvidos tapados contra a verdade revelada, etc. Nós não sabemos explicar nada, absolutamente nada, a não ser que nosso Senhor abra o cenário da eternidade e mostre as coisas segundo o ponto de vista daquele que opera todas as coisas segundo o conselho da sua vontade. E é exatamente isso o que vemos não só no verso 25, como também em tantas outras passagens correlatas, como Romanos 8; Efésios 1; João 5 e 6 e muitas outras vistas em toda Escritura.
        Ora, todo esse ensino vem nos humilhar, nos colocar no pó, vem desmanchar toda nossa arrogante pretensão de fugir para não adorar o grande Deus, dando-lhe glórias, honras, louvores e ações de graças por ser ele que faz o que ele quiser fazer e que tem misericórdia com quem quiser usar de misericórdia. Foi assim com as três cidades mencionadas e será assim com todo aquele que não se curvar perante ele em humilhação.

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