segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

BUSCANDO O VERDADEIRO PARAÍSO (5)

                       
“...Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”  (Lucas 23:43)
O PARAISO ILUSÓRIO: Gênesis 3:23.
        É minha tarefa agora mostrar pela palavra de Deus como os homens, desde a entrada do pecado sempre procuraram aqui um paraíso. E como eles jamais mudaram, não há dúvida que sempre eles agiram assim num constante esforço para enfeitar este sistema mundano, a fim de torna-lo o paraíso do pecado. Quando achamos que os homens mudaram para melhor, é fato que ainda não entendemos a realidade da desgraça do pecado no coração. Segundo Paulo, os homens vão de mal a pior. Em Romanos 6 o mesmo Paulo afirma ali que os homens vão de maldade para a maldade. Assim é bom que fujamos como Enoque desse sistema vil, enganoso e ludibriador.
        O primeiro instrumento de satanás para promover um mundo paradisíaco foi Caim. Ele contemplou de perto o fato que seus pais foram expulsos do jardim e que toda descendência jamais poderia entrar no paraíso de Deus e desfrutar da comunhão com Deus, a não ser por meio do derramamento de sangue. Quando Abel sacrificou um animal no altar, reconhecendo a necessidade de um substituto para ser salvo, eis que Caim rejeitou abruptamente o método de Deus para a salvação do perdido. Caim simplesmente zombou de Deus, rejeitou o justo caminho preparado por Deus em sua misericórdia. Ele não somente preferiu seguir o que ele queria, como também mostrou sua ira matando o crente Abel.
        Tal verdade mostra o quanto os homens incrédulos e rebeldes odeiam e rejeitam os retos caminhos do Senhor, porque são atraídos para aquilo que eles acreditam que vai proporcionar maior felicidade prazer. Sem a mesma salvação buscada por Abel, os homens são mundanos e têm o mesmo espírito de Caim. Se não quer o paraíso eterno com Deus, é porque ama, busca e se sacrifica para alcançar as promessas feitas pelo diabo por um mundo melhor. O capítulo 4 de Gênesis dá um resumo daquilo que foi a resolução de um homem maligno e assassino. O mundo fabricado por Caim foi destruído pelas aguas do dilúvio, mas logo foi erguido novamente, e o que temos hoje perante nossos olhos é a mesmíssima criação dos homens. Creio que é importante aqui, em rápidas palavras mostrar no capítulo 4 o que realmente significa o mundo que atrai o coração incrédulo.
        Primeiramente vemos no mundo de Caim uma imitação religiosa (verso 16): “Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden”. Percebe-se com clareza que a primeira decisão tomada pelo enganoso coração é afastar-se de Deus. Não foi assim com Caim? Pois ele abandonou o acesso ao paraíso eterno, um Deus compassivo e justo, numa decisão louca de correr à busca do “ouro de tolo”. O mundo é assim, sem Deus; o mundo de Caim é o mundo de seus irmãos que seguem seu caminho. É o mesmo mundo buscado por Esaú e por outros milhões. É o mundo de hoje, exatamente igual, mesmo que por fora parece mais lindo e mais brilhante, mas que essencialmente é igual.
        Em segundo lugar vemos que Caim buscou uma cidade; procurou o ajuntamento, para se sentir fortalecido em sua luta contra Deus. E esse ajuntamento multiplicou-se grandemente numa multidão de homens e mulheres acionados no coração para tanta maldade, para evocar urgentemente o castigo de Deus, o qual chegou de forma avassaladora com o dilúvio. Mas mesmo após o dilúvio, os descendentes de Noé caminharam na mesma resolução de Caim, pois se ajuntaram para construir a torre de babel. A união dos homens é o meio que eles usam para sentir fortalecidos contra Deus. Para eles o paraíso é esse, onde Deus não está; onde eles mesmos empreendem suas leis e costumes, a fim de dar vazão à corrupção que há em seus corações: “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” (Jeremias 17:9).

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