sexta-feira, 5 de junho de 2015

ADORAÇÃO OU PROFANAÇÃO? (7)




“O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu, continuarei a fazer obra maravilhosa no meio deste povo; sim, obra maravilhosa e um portento; de maneira que a sabedoria dos seus sábios perecerá, e a prudência dos seus prudentes se esconderá. Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor, e as suas próprias obras fazem às escuras, e dizem: Quem nos conhece? Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro: Ele nada sabe”. ISAÍAS 29:13-16
A REALIDADE DO CORAÇÃO “...mas o seu coração está longe...”
        Caro leitor, jamais devemos esquecer que a verdadeira adoração é humilhante, desprezível para o ego e nega qualquer interesse próprio tendo em vista a glória, o louvor e a exaltação unicamente a Deus. A adoração verdadeira exige disciplina, concentração na verdade e submissão àquilo que está escrito. Nunca, jamais o Senhor se afastará da Sua Palavra e nem aceitará padrões humanos de adoração. Mesmo que o adorador não tenha muito conhecimento bíblico, mesmo assim quando é de coração ele estará alinhado à verdade. A adoração verdadeira exige pensamentos santos e verdadeiro discernimento.
        Agora chegou o momento de descobrir aquilo que realmente está no coração, porquanto sabemos bem que Deus não aceita meras aparências de piedade, o Senhor vê o homem no coração (1 Samuel 16:7). Nós somos inclinados a olhar o homem por fora, por isso somos muitas vezes iludidos. Olhamos o rosto, a roupa, as palavras e os sentimentos, enquanto nada disso tem qualquer efeito perante aquele que requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6). Sendo assim importa que não somente examinemos a adoração moderna à luz das Escrituras, como também examinemos nossa própria adoração. Não é o tipo de música, nem o fervor externo que devem comandar a adoração, mas sim corações que invocam o Senhor em verdade (Salmo 145:18).
        Quando não vem de corações cheios de temor ao Senhor, eis que a adoração não passa de ser profanação. Tal atitude está presente apenas física e emocionalmente. Não está ali o homem inteiro, o homem redimido que oferece a Deus algo que vem de um ser transformado e consagrado a Ele. Isso indica que a pessoa jamais conheceu o Senhor, tendo-O apenas na mente e jamais conheceu a forma como Ele opera no coração, segundo o faz pela graça. Não há sabedoria em tal adoração, porque não há a vital presença daquilo que constitui o princípio da sabedoria – o temor do Senhor (Jó 28:28). Quão perigosa é essa forma de aproximar-se de Deus! Davi escondeu seu pecado e durante todo esse período tentou manter seu estilo de vida religioso, até que foi descoberto e assim foi restaurado à comunhão com seu Deus (Salmo 51).
        Caro leitor, sem o temor ao Senhor, eis que Ele será encarado como os homens encaram seus ídolos. Muitos não têm qualquer imagem em suas casas, em seus quartos e salas, mas têm no coração, assim como tinha o povo de Israel nos dias de Jeremias (Jeremias 17:1). Por fora ninguém vê seus ídolos, porque eles estão bem ocultos, mas Deus os vê. Por essa razão a adoração é corrompida, é cheia de profanação, e o Senhor a rejeita veementemente. O Senhor requer primeiro o coração; requer humilhação, contrição, arrependimento, obediência à Sua Palavra. Os soldados de Israel nada poderiam fazer enquanto não fossem todos eles circuncidados (Josué 5); a empolgação de Davi quando trouxe a arca para Jerusalém nada tinha de valor e trouxe castigo de Deus, enquanto não reconhecesse que a Arca da Aliança deveria ser conduzida pelos sacerdotes e não num carro de boi, mesmo que fosse o melhor modelo (2 Samuel 6).
        Caro amigo, que tipo de adoração você oferece? É adoração ou profanação?
       

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