domingo, 9 de março de 2014

OS INCRÉDULOS TROPEÇAM – OS CRENTES SE REGOZIJAM (fim)



Spurgeon
“Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido.” (Romanos 9:33)
Spurgeon
         Toma-O agora para que seja teu amigo quando não contas com nenhum amigo! Foge agora para este Refúgio quando toda a outra porta está fechada! Agora que o inverno congelou toda corrente, vem agora e bebe agora desta corrente que flui para sempre; este poço de Belém que está dentro da porta, que não pode falhar-te nunca; e não necessitas de pôr a tua vida em perigo para alcançá-lo, é livre para ti, neste instante! Agacha-te e bebe confidencialmente! Agacha-te e bebe e não terás mais sede; pois “todo aquele que crer Nele, não será envergonhado.”
         4. Para concluir, o texto significa mais do que diz; pois se bem que é certo que diz que não será envergonhado, significa além disso que será glorificado e cumulado de honra. Se tu confias em Cristo hoje, isso há de trazer à vergonha dos homens, assegurar-te-á tribulações e aflições, mas também te garantirá honra aos olhos dos santos anjos de Deus e Glória, no fim, aos olhos do universo reunido! Onde está o homem que confia em Cristo, hoje? Ali está ele no pelourinho, e os homens dizem: “Ah! Oh! O néscio! O néscio! O néscio! Confia em Deus, a quem não pode ver! Crê num Cristo de quem ouvimos, mas que nunca nos falou! Confia no sangue de um galileu crucificado!
         O mundano grita: “Nós somos muito sábios para isso; nós vamos crer em teorias geológicas, no espiritualismo ou na metafísica; vamos crer no próprio diabo antes que crer em Cristo!” Assim eles ridicularizam o homem que confia em Cristo. A cena é mudada, a geração dos vivos partiu, e o mundo converteu-se num grande cemitério. Ali jazem.
         Inumeráveis montículos indicam onde estão dormindo os corpos dos homens. A trombeta toca, soa claramente através do Céu e da Terra, e das sepulturas sobem os corpos que uma vez foram alimento do verme, e as almas regressam a esses esqueletos: e agora, onde está o homem que confiou em Cristo?
         A trombeta a todos tem despertado das suas sepulturas e juntos despertam: “Onde está o homem que confiou em Cristo?” Quem é o que pergunta por ele? O próprio Rei no trono tem feito a pergunta! O Rei Jesus, sentado no Seu tribunal, busca o Seu amigo: “Onde está o homem que confiou em Mim? Tragam-no aqui.” Vejam a mudança, agora não há vaias, nem gritaria, nem risadas, nem calúnia! Um esquadrão triunfante de espíritos resplandecentes transporta o crente à mão direita de Jesus, e ali se senta entronizado como Cristo, sentado com Ele para julgar os homens e os anjos, reinando sobre o Trono de Cristo em todo o esplendor de Cristo!
         “Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar,” assim se fará ao varão que põe a sua confiança em Cristo! Vamos, Cristão, sem importar qual seja o teu estado hoje, sem importar como ressoe nos teus ouvidos a zombaria do mundo, pensa nessa honra obstinada que a turba de pecadores terá de te render no Último Grande Dia! Pensa em como a tua fama e a tua reputação se levantarão conjuntamente com os teus ossos! E assim como os vermes não podem devorar o teu corpo para impedir a tua ressurreição, tampouco a calúnia nem a censura devorarão o teu caráter para impedir a tua ressurreição, também! A Glória será tua, a Glória eterna, enquanto que os teus inimigos serão revestidos de vergonha e de desprezo eternos!
         Bem, o que dizeis vós, queridos Ouvintes? De que lado estais esta manhã? É Cristo uma pedra de tropeço para vós? Prosseguireis tropeçando nEle e objetando-Lhe? Dizeis, antes: “Não, queremos ter a Cristo e confiar nEle.” Oh, se o Senhor vos tem conduzido até esse ponto, aplaudirei de gozo! E vós, vós anjos, tocai as vossas harpas! Vós serafins! Afinai de novo as vossas liras; pois há gozo no Céu como há gozo na Terra quando uma alma chega a pôr a sua confiança em Cristo. Que o Senhor nos conduza a cada um de nós a fazê-lo, para glória do Seu Nome. Amém! Amém.



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Tradução de Carlos António da Rocha, de 5 a 7 de janeiro de 2010 e revisto em 12/XII/11 e em 25/I/13

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