“As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se
alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo
desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
Prezado leitor, na meditação anterior procurei introduzir o
assunto que trata do poder vencedor do amor do
Noivo. Vamos trabalhar agora nessa frase: “As muitas águas não poderiam apagar o amor...”.
Tudo isso que temos visto nessa encantadora passagem de Cantares tem em vista
mostrar a força invencível do amor do Noivo pela noiva. A linguagem é não
somente romântica, mas também ilustrativa, por isso ajuda-nos a compreender o
quão profundo é o amor de Cristo em favor da Sua igreja e não há dúvidas que
fortalece individualmente os crentes. As lições a respeito do amor do Senhor
afastam o orgulho e nos posicionam na dependência do Rei.
Não há dúvidas que as muitas águas referem-se às atividades de satanás neste mundo. É meu dever provar
isso. O mundo inteiro, as nações, os povos são mostrados no Velho Testamento
como “muitas águas”. O
mundo é descrito assim, como o mar turbulento em constante agitação. Por que é
assim? Essa agitação, confusão, guerras e outras manifestações de turbulência
apenas revelam o que individualmente o homem é no coração:
“Mas os
ímpios são como o mar agitado; pois não pode estar quieto, e as suas águas
lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus”.
(Isaías
57:20,21).
Amigo leitor, o mundo é um palco de
guerra, onde inimigos visíveis e invisíveis estão constantemente apontado suas
armas contra Deus. Os homens no pecado vivem assim. A guerra só termina na vida
de alguém quando humilhado cai perante a conquista do evangelho. Notemos que é
exatamente assim que o evangelho poderoso faz: “As
tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; os povos caem debaixo
de ti.” (Salmo 45:5). Somente a mensagem do evangelho é capaz de
dinamitar um coração rebelde, para que Cristo reine e traga a paz ao coração: “Sendo, pois justificados pela fé, temos paz com Deus...” (Romanos 5:1). Enquanto o
Senhor não entra neste mundo para quebrar o arco,
corta a lança e queimar os carros no fogo (Salmo 46:9), os homens continuarão em constante
agitação, fazendo com que as águas rujam e
espumem e os montes ficam abalados pela sua bravura (Salmo 46:3).
Ainda levo o leitor a mais uma passagem
e dessa vez para um texto profético no Novo Testamento, apenas para ressaltar o
fato que as muitas águas referem-se a este mundo conturbado e mobilizado pelo
pecado. No texto em que inicia a narrativa da punição da grande meretriz, que a
meu ver é a organização impiamente religiosa deste mundo, o Senhor mostra a
João a interpretação do que significa aquilo que ele viu acerca das águas: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são
povos, multidões, nações e línguas. (Apocalipse 17:15). Estamos vendo como a Bíblia interpreta
ela mesma, por isso afirmamos que a frase: “As muitas águas
não poderiam apagar o amor...”, refere-se a este mundo.
Diante dessa descrição incrível do que
é este mundo somos alertados para ver o perigo que cerca os crentes. Certamente
essas muitas águas querem apagar o amor do Noivo pela noiva! Precisamos ver
as astutas ciladas do inimigo usando este mundo maligno na tentativa de
frustrar os crentes. E quanto mais perto fica a destruição final deste curso
passageiro, mais intensa é a guerra; mais terrível é a manobra religiosa de
satanás! Essas muitas águas são assustadoras, avassaladoras, e chegam como
tsunami, com impetuosa força contra os santos. Não podemos ignorar isso!
Precisamos estar acordados para enxergar os grandes perigos que cercam os
santos individualmente!
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