quarta-feira, 27 de maio de 2015

O ALTÍSSIMO PREÇO PAGO (14)




“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, a qual por tradição recebestes dos vossos pais. Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha” I Pedro 1:18,19).
AVALIANDO A NOSSA CONFISSÃO DE FÉ         (verso 18)
        Caro leitor, ao avaliar nossa confissão de fé eis que é preciso considerar bem o que a mensagem do evangelho mostra – Salvação mediante o sangue remidor, somente. Então, o verso 18 vem mexer com nossa tendência orgulhosa de achar que no íntimo que temos direitos, que trouxemos conosco o preço da nossa redenção e que de uma forma ou outra pagamos por isso. Que caminho perigoso e letal! Eu creio que até sinceros crentes podem cair nessas armadilhas da ingratidão e assim passo a passo vão se afastando do Senhor e da verdade que nos conduz em contrição e santidade em nosso viver até a entrada da Nova Jerusalém.
        O que Pedro faz? Em linguagem bem simples e acessível a todos os crentes, o apóstolo procura dissipar todo engano natural de confiarmos naquilo que é mais caro e mais precioso aqui: “...nem prata nem ouro...”. Como os homens são iludidos nisso! Achamos que nossos tesouros terrenos podem comprar o coração Daquele que Ele o dono absoluto da prata e do ouro; achamos que Deus precisa ficar mais rico; achamos que podemos acrescentar algo mais a Deus, quando realmente nós mesmos somos pobres, miseráveis, cegos e nus (Apocalipses 3:17).
        Muitos são aqueles que utilizam a graça, mas como se fosse um tapete mágico que, segundo eles os levará ao céu. No íntimo eles estão sempre querendo comprar Deus; querem ostentar sua capacidade com seus dízimos e ofertas e assim vivem como bem querem e nada mostram na vida que são pessoas transformadas, humildes e que andam com Deus neste mundo. No tocante a salvação homens e mulheres crentes devem lembrar continuamente que são mendigos perante Deus, que nada têm, que nada merecem, que tudo aquilo que aqui ajuntaram nada tem de valor perante a glória da tão grande salvação. O preço da tão grande salvação deve brilhar perante nossos olhos, porque cintila aos olhos de Deus. Deus o Pai viu a redenção na cruz e ficou satisfeito. Por que desejamos satisfazer mais Àquele que já está satisfeito? Por que queremos pagar por aquilo que já foi perfeitamente pago? Por que queremos cobrir com cores de ouro e de prata aquilo que foi coberto com o sangue puro e imaculado do Cordeiro enviado do céu?
        Caro leitor, imagine alguém condenado à morte por um rei, tentando pagar para ser livre! O que nós podemos fazer por nossas pobres almas? Nós que ofendemos o Rei do Universo, blasfemamos na Sua face de amor, desprezamos Sua bondade, a fim de seguir a crueldade do diabo. Nós mesmos que vestimo-nos de nossas culpas e andamos peregrinando neste mundo à busca de mais sucesso no pecado, querendo roubar a criação de Deus, tomá-la para nós; nós que andávamos aqui, aos olhos de Deus em pleno trapo de nossa situação tão imunda e desprezível! Como podemos nós ostentar riquezas? O que temos aqui? Nada!
        Nosso Senhor não veio buscar esses “ricaços”, mas sim mendigos espirituais. Ele veio evangelizar os pobres, aqueles que de coração se consideram assim, miseráveis e desprovidos da verdadeira riqueza. Caro leitor, você que afirma ser crente, porventura se esqueceu disso? Perdeu a gratidão? Por que não descer agora mesmo dessa condição, antes que o Senhor lhe faça cair? Olhe agora mesmo para o Redentor, para Aquele que desceu da glória e foi até aquele lugar de vergonha e dor, a fim de trazer livramento eterno para nós, pobres almas!

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