quinta-feira, 2 de março de 2017

UMA NARRATIVA DA SALVAÇÃO (4)

“Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza. Então, invoquei o nome do Senhor: ó Senhor, livra-me a alma” Salmo 116:3 e 4)
HISTÓRIA INIGUALÁVEL: “Laços de morte me cercaram...”.
        Muitas vezes Deus permite que aqueles que são chamados à salvação tenham experiência amarga, a fim de invocar o nome do Senhor para serem salvos. Muitos chegam à beira do inferno; muitos são enlaçados e são puxados para perceberem o quanto foi inútil seu viver aqui e como foram loucos ao viver no pecado. É claro que não fosse a misericórdia salvadora do Senhor, a morte e o inferno seriam triunfantes e cairiam no desespero  eterno. Mas quando Deus tem como objetivo salvar alguém, até mesmo esses terríveis inimigos das almas se tornam instrumentos poderosos para mostrar aos perdidos o tremendo amor de Deus em favor deles.
        Quando isso ocorre, eis que homens e mulheres reconhecem a miséria desta vida aqui, até mesmo aquilo que eles consideravam tesouro no viver. Para Saulo de Tarso, seu encontro com o salvador e Senhor foi marcante em sua vida. A obra de salvação na vida desse homem foi um acontecimento que mudou completamente seus pensamentos e emoções, nada ficando de outrora que ele considerasse importante. Sua religião tão cheia de obras e de desafios em cumprir a lei, ele a considerou tudo como esterco, comparada com o conhecimento que ele passou a ter de Cristo. Sua vida, seus atos, seus objetivos em alcançar a ressurreição através de seus esforços, tudo isso foi transformado em cinzas, assim que compreendeu a glória da tão grande salvação. O alto conceito que tinha de si mesmo ruiu, como uma estátua de barro, pois viu a si mesmo como o principal de todos os pecadores.
        Será que podemos nós entender o que realmente significa invocar o nome do Senhor para ser salvo? As multidões transitam neste mundo, sempre confiantes nelas mesmas, e quando chegam a uma situação de angústia, eis que estão prontas a invocar o nome dos seus ídolos. Vemos essa verdade na multidão de judeus pobres que ficaram em Jerusalém depois da destruição (Jeremias 44). Do nosso ponto de vista tão ignorante da verdade, sempre pensamos que a pobreza extrema é um fator decisivo para atrair os homens para Deus. Mas quando vemos ali Jeremias falando com aqueles homens e mulheres, a reação deles é de apavorar, pois estavam prontos a clamar a rainha do céu (a deusa tão venerada dos povos no Antigo Testamento e ainda hoje), a fim de que ela os libertasse da situação angustiante na qual ficaram com a destruição de Jerusalém.
        Então, não tem palavras que possam descrever as bem-aventuranças que envolvem uma alma que há de ser salva, mesmo tendo que passar pelas angústias da morte e do inferno. É claro que é terrível comtemplar o abismo; saber que é um verme, merecedor do castigo eterno. Mas é nesse momento que Deus opera de tal maneira para que lábios santificados na salvação clamem ao Senhor para que ele tenha misericórdia e venha operar sua salvação. É nesse momento que homens e mulheres ficam sabendo do poder impressionante da graça salvadora em puxar os homens para cima. Foi assim que o Senhor deu o grande livramento ao ladrão, e assim aquele homem ficou livre para sempre dos horrores eternos que tantos lhe aguardavam.
        O resultado de tudo isso vemos no texto: “...caí em tribulação e tristeza...”. Essa condição tão indesejável veio de Deus. Sendo assim louvamos ao Senhor, porque quando ele opera tristeza para arrependimento é porque seu forte braço que é tão compassivo está estendido para salvar os pecadores. Bem pode ser que tenha algum leitor neste momento enfrentando essa situação. Não será o instante quando a graça de Deus está operando em seu viver? Não será esse o momento para que você clame o nome do Senhor, a fim de ser salvo?

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