sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

DESPREZANDO O EXCELENTE (8)




“A alma farta pisa o favo de mel, mas para o faminto todo amargo é doce” Provérbios 27:7
A ALMA FARTA:  “pisa o favo de mel”.
        Como é que os homens pisam o favo de mel da palavra de Deus? Isso só pode acontecer quando a alma está farta: “A alma farta pisa...”. Foi sempre assim na história dos homens. Nos dias do Velho Testamento houve períodos de total desprezo por parte do povo em relação à mensagem de amor do Senhor. O livro de Oséias foi escrito para mostrar o amor de Deus pelo seu povo – o reino do norte que se apostatou a fim de adorar o deus baal. Nos dias do profeta Jeremias o reino do sul que tinha Jerusalém como capital o povo chegou a uma condição tal vil que eles desprezavam os profetas e até mesmo ridicularizavam a mensagem, e não houve outro remédio, senão o castigo terrível que veio por meio do povo caldeu.
        Normalmente os homens desprezam o “favo de mel” porque deitam e rolam nos deleites deste mundo. É comum ver dentro das igrejas homens e mulheres que realmente não têm um pingo de vontade em estar nos cultos de oração, nos cultos onde está sendo ensinada a palavra de Deus. Eles têm outros compromissos que não querem perder; eles já têm horário marcado com outras atividades e não querem sacrificá-las. Isso pode indicar com clareza que tais almas jamais foram vivificadas pela graça e que, por isso não carregam o temor ao Senhor. Muitos sentem cansados demais para estarem nos cultos, mas tal canseira acaba quando o mundo os chama para seus afazeres. Da mesma maneira que Israel desprezou o maná, intitulando-o de “pão vil e desprezível”, assim muitos tratam com desdém o maior tesouro, a mais poderosa riqueza que está em nossas mãos.
        Em nossos dias a situação é tal que não há mais busca por conselhos para o viver. Os homens querem um caminho fácil e agradável. Parece um estrondo do inferno quando eles ouvem a mensagem santa; parece que o desespero apodera de suas vidas quando estão diante de verdades profundas acerca do que é a realidade da vida cristã neste mundo. O ministério pastoral é visto como um meio de se apegar a um homem e não para buscar conselhos e orientação para o viver. O mundo hoje oferece variados modos de cultos e eles servem como paliativos para suas necessidades “espirituais”, então, o pastor que se cuide porque ele será rejeitado, caso se torne um “chato” e viva chamando a atenção.
        Também, o mundo religioso está cheio de elementos que parecem bons conselheiros. O mundo tem suas propostas para uma vida mais confortável e para uma fé que mais se adapta aos seus caminhos. O caminho para o céu é cheio de lutas, exige oração, santidade e é cheio de provação. Satanás se tornou um religioso incrível; seus conselheiros são admiráveis, bondosos e parecem mais “espirituais”. Então, tudo hoje se tornou a vida mais fácil e atraente, inclusive o ambiente evangélico. Também, muitos querem ouvir mensagens bíblicas que mais lhes agradam; eles querem saber que estão salvos, que são eleitos e que estão para sempre livres da ira de Deus. A graça barata é docemente recebida por elementos que ousam andar pelo caminho largo, sem qualquer temor ao Senhor.
        Assim desprezam o favo de mel. O livro de Deus não lhes serve e assim tratam como se fosse um “pão mofado”, uma comida não apetecível. Eles desprezam o favo de mel, colocando-o de lado, recusando ouvir a verdade e atacando os mensageiros de Deus que tanto querem servi-los. Tais pessoas estão sempre à busca de novidades; estão sempre impressionadas com frases lindas e que parecem mais espirituais. Elas não querem entrar numa igreja onde só tem esse santo mel. Seus corações não são de ovelhas, mesmo que por fora parecem ser ovelhas. Elas correm no caminho estreito; elas são procuradas no caminho largo, mas não são achadas. Que tristeza ao ver tanto desprezo assim.

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