quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

DESPREZANDO O EXCELENTE (7)




“A alma farta pisa o favo de mel, mas para o faminto todo amargo é doce” Provérbios 27:7
A ALMA FARTA:  “pisa o favo de mel”.
        Procurei tratar primeiramente da importância da palavra de Deus na vida de crente, justamente porque ela é pura; ela é de total confiança e por todos esses milênios a palavra de Deus jamais deixou sua pureza, excelência e valor, porquanto o tempo não pode mudar a verdade registrada: “Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão”. O mundo sempre vive à busca de novidades, mas não é o caso das Escrituras sagradas, porque o que foi valioso duzentos anos atrás tem o mesmo valor hoje.
        Mas, quanto perigo passa esta geração, porque tem desprezado a palavra de Deus! O mundo onde os valores se perderam; o mundo que condena os absolutos e prefere o relativismo, sem dúvida alguma sentirá enojado do livro de Deus, assim como Israel se enojou do Maná, a comida de Deus no deserto. A bíblia é o livro da verdade e toda verdade é absoluta e invencível. Mas esta geração despreza isso, porque gosta de um mundo frouxo e dos prazeres momentâneos. Mesmo dentro das igrejas há uma procura constante por festas, shows e outras atividades que atraem a atenção da multidão. Se houver preleção bíblica ela deve ser feita em pouco tempo e num linguajar agradável. A palavra de Deus ela será (segundo eles) de utilidade se for interpretada à luz do contexto social, porque somente assim ela será recebida por todos.
        Assim vemos o quanto as almas estão fartas e que por essa razão desprezam o favo de mel. Não é triste isso? Quantas provisões da bondade de Deus para os homens? Hoje temos tudo à vontade; hoje temos facilidade em nos locomover para grandes distâncias; hoje temos comida e conforto à mãos, etc. Será que essas facilidades despertou o interesse dos homens para procurar o favo de mel celestial? Claro que não! Minha mãe contava que quando ela era jovem, ela e outros crentes andavam da roça até à cidade, mais de seis quilômetros para assistirem a Escola dominical na igreja, e ficavam até à noite para o culto, voltando depois para casa no escuro caminho de retorno.
        Mas quão diferentes estão as coisas em nossos dias. A maior parte das famílias tem carro; muitos moram perto da igreja, mas mesmo assim seus corpos estão cheios de preguiça para acordar cedo no domingo para ir à Escola dominical; e quando vão não querem retornar para o culto à noite. Nem se fala do culto de oração no meio da semana, o que para muitos, tal culto constitui-se num verdadeiro peso. É claro que têm as exceções, porque alguns santos de Deus são realmente fieis e batalhadores, pois estão dispostos a servir ao Senhor com prazer.
        Talvez você leitor pense que estou sendo cruel em minhas considerações. Mas realmente não estou cometendo tal erro. É grande a preguiça e indisposição para ouvir a palavra e aplica-la no viver. Eles não têm preguiça para passear, ir a um clube, assistir aos seus jogos prediletos, ir ao cinema ou mesmo a um restaurante. Não há um verdadeiro desprezo à palavra de Deus? Veja se buscam a verdade revelada em suas casas; vejam se ensinam as maravilhas de Deus aos seus filhos; vejam se estão ocupados com coisas eternas, se fazem cultos familiares.
        O que está acontecendo em nossos dias? Não há um desprezo ao favo de mel? Não é verdade que no coração eles pertencem ao mundo e não ao Senhor? Olhe quanto tempo é gasto com o mundo e seus prazeres. Estão dispostos a gastar com o Senhor e seus santos ensinos? Por que tudo isso? A resposta pode massacrar nossos conceitos de vida cristã: Parece que tais almas jamais foram salvas; parece que jamais foram levadas ao temor do Senhor devido à convicção de pecado no íntimo.
        Podemos afirmar que são milhares os que estão fartos com os manjares do mundo; estão pesados devido à gula; estão ainda com seus olhos vendados e seus corações endurecidos. Que o Senhor nos conceda sua misericórdia diante dessa chocante realidade.

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