sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

TODOS DEBAIXO DO PECADO VIII - PÉS ASSASSINOS (10 de 10)




“São os seus pés velozes para derramar sangue” (Romanos 3:15
O PODER PACIFICADOR DO EVANGELHO.
        Amado leitor, que diante desse cenário de terror por causa da entrada do pecado, minha esperança e oração é que a graça atuante do Senhor no meio dos homens venha a brilhar; que o temor do Senhor marque profundamente os corações daqueles que agora querem conhecer a verdade; que os verdadeiros crentes estejam cheios de gratidão por terem sido salvos e libertos para sempre dessa condenação merecida; que almas venham a investigar essa verdade, a fim de buscarem essa tão grande salvação. Lembremos bem, os homens não podem mudar por si mesmos. De fato, acontecem mudanças superficiais, aparentemente muitos parecem que foram transformados, mas a verdade é que todas essas atividades religiosas passam como fumaça e os corações duros e obstinados, no tempo adequado revelarão o que eles realmente são diante de Deus.
        Mas quero agora dirigir-me aos crentes, porque eu sei que muitos santos podem estar pensando que estão livres dessas perversidades, porque tiveram seus corações transformados. Mas veja bem caro leitor, quando vemos a ordem para que vençamos toda ira, toda ofensa e lancemos para longe toda atitude vingativa, subtende-se que ainda carregamos em nossa carne essa inclinação perversa. O pecado no crente habita em seu corpo mortal (Romanos 7:24) e o crente não é liberto dele enquanto aqui viver; o crente experimenta dia a dia a famigerada investida desses desejos fortes da carne. Aliás, os atos perversos da carne aparecem de forma mais alucinantes na vida de um crente, do que de um não crente. Satanás nos persegue e nos ataca justamente naqueles costumes que mais tínhamos quando éramos incrédulos.
        Qual a ordem para nós vinda Daquele que nos amou? “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia” (Efésios 4:31).  Que caminho de vitória tem o crente! Que conquista ele pode obter mediante a suprema força da conquista do Filho de Deus na cruz! Fomos chamados para sermos um povo de misericórdia; fomos vocacionados para olhar para esse estado de miséria, de ódio, de vingança, de maldades dos homens com um olhar de compaixão, de ternura, entendendo que Deus tanto nos amou e nos perdoou; que entendamos que o mesmo perdão de Deus deve estar abrigado em nossos corações, a fim de tratarmos a todos como a graça nos tratou.
        Caro leitor, eis a ordem do Senhor, para que vençamos o mal com o bem (Romanos 12:21). A ordem vem para os que creem; para os que podem realmente agir pela fé, em plena obediência ao Senhor. Em Cristo os santos têm toda base para criar um ambiente santo, cheio de amor, de ternura e de perdão. Em Cristo temos tudo para ir avante e progredir como eleitos de Deus, tomando para nós os mesmos traços das perfeições de Cristo, conquistando afeto, ternura, bondade e disposição de dar mais de nós. É claro que não devemos ser brando com o pecado; é claro que temos que julgar o mal e em nada permitir que fiquemos associados àquilo que contamina tudo e todos.
        Enfim, que esse ensino sobre “pés assassinos” leve meus leitores à uma santa consagração ao Senhor. Como Ele pode me amar, sendo eu um assassino em potencial? Como Ele desceu do céu e veio aqui para me buscar, quando merecia ser atirado no castigo eterno? O que Ele viu em mim, senão miséria? Ora, esse amor não nos constrange? Esse amor não nos impulsiona a viver por Ele? Esse amor não nos transforma em verdadeiros missionários onde estivermos? Esse amor não nos faz cheios de desejos por ver nossos semelhantes também salvos?

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