quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

FAMINTOS E SEDENTOS DE JUSTIÇA (8)




“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mateus 5:6)
A PROMESSA AOS QUE TÊM FOME E SEDE: “...serão fartos”.
        Amado leitor, o que a alma faminta e sedenta precisa e busca? Justiça! O pecador despertado pela graça logo percebe o estado tortuoso no qual se encontra sua alma; logo percebe que quer naturalmente andar pelas veredas do pecados e que não há nada de poder em si mesmo, a fim de ir para Deus; logo percebe que está tão longe, tão distanciado da verdade, por isso vê ao derredor somente escuridão; habita nele profunda tristeza, um completo vazio e solidão; ele reconhece que seu problema no coração não está vinculado à psicologia, mas sim ao pecado, do qual ele mesmo é culpado.
        Ele percebe que porque nasceu nessa tortuosidade e anda assim, não há nele paz. O que ele busca? Não busca os atalhos religiosos, numa louca tentativa de ser bonzinho, agradar a Deus, fazer o melhor para o próximo, porque percebe que isso não lhe dá paz. Por alguns instantes sim, parece que a alegria envolveu seu ser, mas logo percebe que tudo sumiu como fumaça e derreteu como gelo ante o calor da verdade. Então, ele percebe que não a paz duradoura em seu ser, a paz com Deus. Ele sabe que se partir deste mundo a qualquer momento será atirado com justiça para o merecido sofrimento, porque reconhece que tem pecado contra Deus e que, portanto um indigno pecador. A alma nessa condição não tem segurança eterna, por isso vive agitado como as ondas do mar.
        Caro leitor, olhe os homens no pecado; veja sua situação. O que acontece ultimamente é que milhares deles vivem sob a euforia dos falsos mestres, porquanto estes procuram aliciar seus corações; procuram enchê-los da paz deles mesmos; procuram infundir promessas da parte de Deus, sem qualquer fundamento bíblico. Mas, tentar encher os corações dos homens com essa falsa paz, vai fazê-los ainda mais agitados e arrogantes; vai fazê-los subir as alturas como balão; vai fazê-los mais sonolentos, cegos e surdos ante a verdade. Por meio das vãs promessas dos falsos mestres, eis que os homens modernos vivem assim como o motor religioso embutido em seus corações, mas precisando do combustível deles, a fim de funcionar, caso contrário ficarão parados.
        Mas não é assim que acontece com as almas despertadas pela verdade e que agora mostram que têm fome e sede de justiça. Elas anseiam por salvação em Cristo; seus ouvidos estão apurados para ouvir a verdade; elas conseguem detectar as mentiras que saem das bocas dos filhos da mentira. Não é fácil achar almas assim, elas são pedras preciosas e só são achadas mediante um tremendo labutar do evangelho e de incessantes orações e intercessões. Nosso Senhor atravessou a cidade de Jericó, a fim de estar face a face com alguém assim – Zaqueu (Lucas 19:1-10). Mas, que prazer para o Senhor! Ele afirmou que veio ao mundo para buscar tais pecadores.
        Digo mais, tais almas que têm fome e sede de justiça não podem ser produzidas por qualquer religião; não podem ser produzidas pela iniciativa dos homens e pelo labutar dos evangelistas. Nossa tarefa é pregar e pregar, mas o achar almas assim é tarefa plena e soberana da graça salvadora. Enquanto a porta da graça estiver aberta, eis que o trabalho do Salvador continua neste mundo e Seus servos continuarão pregando. A arca de Noé foi suficiente para ele e sua família, além dos animais, mas a tão grande salvação abarca pecadores do mundo inteiro e o convite do Salvador continua em pé chamando a todos: “Vinde a mim!”

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