terça-feira, 15 de dezembro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO VII. Veneno de víbora (7)


“A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios” (Romanos 3:13).
COMO O VENENO DE VÍBORA SE MANIFESTA.
        Caro leitor, prossigo em mostrar como somente as Escrituras revelam claramente como funciona esse “veneno de víbora” que sai da boca do homem no pecado. Não esqueçamos que o que o pecado produz é infinitamente pior do que qualquer veneno que destrói a parte física do homem, porque o pecado destrói tanto física, como espiritualmente os homens.
        Veja como tal veneno de víbora manifesta-se como poder sedutor. Note bem na mulher de Potifar (Genesis 39), como ela chegou com sua linguagem melosa; como tentou mexer com o orgulho sexual de José; com ela sabia bem que naquela idade José fervia de intenso desejo sexual; como estavam livres de quaisquer perigos, pois o marido não estava presente; como os prazeres seriam ardentes e que eles superariam tudo. Veja caro leitor o quanto o veneno de víbora aparece; como a serpente aparece como linda, charmosa e tão atraente; veja como satanás se utiliza de homens e mulheres para suas “picadas mortais”, a fim de envenenar e destruir tudo e todos. Não fosse a graça poderosa de Deus atuando em José, na carne ele jamais poderia resistir suas paixões.
        Também, vemos que esse veneno manifesta-se com teor humanista. Vemos isso na linguagem aparentemente bondosa e cheia de compaixão de Judas (João 12:4-6). Ali vemos como ele se mostra mais bondoso que os outros discípulos; que ele pensava e agia com mais compaixão pelos pobres do que o próprio Senhor Jesus; que ele era mais espiritual do que todos. Mas a verdade é que aquelas palavras eram terrivelmente carregadas de veneno espiritualmente tóxico. Satanás é imediatamente descoberto usando Judas e este é tratado como ladrão, amante de riquezas terrenas e que foi essa ambição que o levou à queda no abismo.
        Também podemos perceber esse “veneno de víbora” nas palavras perigosas do perverso rei Jeroboão (1 Reis 13). Ele havia sido curado de uma paralisia em seu braço, quando o estendeu, ordenando que o profeta fosse aprisionado. De repente ele deparou com o fato que seu braço ficou ressequido e não podia funcionar normalmente. Mas assim que Deus usou de compaixão e recuperou seu braço, eis que palavras cheias de malícias e aparentemente bondosas surgiram dos lábios de um homem extremamente cruel, a fim de desviá-lo das suas funções de profeta enviado de Deus: “Vem comigo à casa e fortalece-te; e eu te recompensarei” (verso 7). Percebe-se com clareza como a malícia aparece e que seus intentos perversos continuam, não obstante o milagre ocorrido na recuperação do seu braço.
        Meu caro amigo, como Deus pode mudar o homem? Como pode arrancá-lo dessa natureza corrompida e perversa? Como arrancar-lhe dessa disposição inimiga contra Ele? É claro que a resposta está na excelência da graça. Já vimos que não há poder algum entre os homens, nem em qualquer religião, nem mesmo na força de uma disciplina que possa tirar essa perversidade do coração do homem. Oh! Quão enganoso é o coração! Quão disposto é o homem no pecado a continuar em sua carreira na maldade! Para onde olhar? Quem poderá libertar o homem desse poder tirano e desse coração arrogante?

        A resposta está no Salvador; a resposta está Naquele Cordeiro que foi sozinho à cruz e ali tomou sobre Si nossos miseráveis pecados, a fim de nos libertar para sempre dessa condição tão vil, onde o pecado nos colocou. Toda glória ao Salvador! Olhe a vida dos salvos, veja o que aconteceu com eles, como foi que foram transformados para viver em justiça, santidade e amor neste mundo!

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