quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO VII. Veneno de víbora (4)


“A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios” (Romanos 3:13).
O QUE A PALAVRA DE DEUS FALA ACERCA DISSO.
        Amado leitor, “maldição e amargura” são resultados daquilo que a Bíblia intitula de “veneno” que sai da boca de homens e mulheres que ainda estão no pecado. Veja bem que maldição mostra o ódio mortal que homens e mulheres têm de Deus, por isso suas bocas vão transmitir todo esse intenso desejo de ver a glória de Deus arruinada, Seu nome como motivo de blasfêmia e Seu caminho posto como vil e rejeitado. Por “maldição” significa que da boca do homem no pecado nada sairá, senão aquilo que há de mostrar sua hostilidade contra Deus, contra Sua santidade, sua lei e Seu reino.
        Quando homens falam de Deus, falam sim daquilo que eles querem receber de Deus, como saúde, proteção, bens materiais e longa vida na terra. Esse é o Deus mencionado e buscado por eles. Nada há no ímpio de uma fé firmada na verdade; nada há no homem mundano uma declaração de fé que tem como base o fundamento santo e bíblico. A fé do homem natural é forjada por ele mesmo e ele procura sempre o apoio de guias enganadores. Mas no que tange ao Deus da verdade, o Deus santo, justo e fiel, eles vão sempre mostrar que estão indignados e revoltados. Observe bem no cap. 4 de Gênesis o que aconteceu com Caim. Seu coração empedernido estava revoltado contra o caminho de Deus. Ele no íntimo nada tinha de intenções de entrar no Paraíso; ele nada queria, a não ser fundar neste mundo amaldiçoado seu próprio sistema de vida, baseando tudo em suas leis. Por essa razão brincou com o caminho de Deus e recusou tomar o mesmo caminho tomado por Abel.
        Caro leitor, enquanto o homem não achar a salvação que há em Cristo, nada haverá em seu coração, senão revolta contra Deus. Enquanto o homem não for amansado pela graça, suas armas estarão sempre apontadas contra o céu. Cristo é o único que pode reconciliar o homem com Deus, porque é Ele o único Príncipe da paz. Enquanto isso não ocorre, palavras de maldição sairão de seus lábios; nada haverá de louvor, de gratidão, de ações de graças, de reconhecimento da glória de Deus. O pecado quer ocupar o lugar de Deus no universo, quer destronizar a Deus e implantar um reino de total injustiça. Ora, essas intenções são vistas dia a dia aqui no viver dos ímpios.
        Agora veremos o segundo item apresentado no texto acerca desse veneno que sai da boca do homem no pecado: “amargura”. Significa que os efeitos são de revolta contra tudo o que está acontecendo; que nada haverá de submissão ao governo de Deus no viver. Observe bem que os ímpios estão sempre cheios de ira, de ciúmes, de contendas, discórdia e de outras obras da carne. Não há nele qualquer disposição de amoldar-se à vontade de Deus; que quer ultrapassar todas as barreiras e correr para o mundo, a fim de desfrutar-se de tudo aquilo que tanto ambiciona sua natureza carnal. Qualquer barreira que possa estorvar seus intentos motivará sua revolta no íntimo.
        Os crentes enfrentam dia a dia a hostilidade dos mundanos contra eles, e foi por essa razão que nosso Senhor advertiu Seus discípulos quanto aos perigos que eles passariam neste mundo (João 15 do verso 20 em diante). E quanto mais o pecado estiver à disposição dos homens; quanto mais a iniquidade prospera neste mundo, mais amargurados serão os homens, pois eles sempre verão que ainda há barreiras impedindo que eles avancem mais. Toda oposição ao evangelho; toda perseguição à verdade revelada é uma manifestação clara da maldição e da amargura do homem natural.
        O que Deus faz quando vem salvar perdidos, é destruir essa manifestação de guerra do velho homem em Adão. Há um hino em que o autor transmite como foi sua reação ante a mensagem santa:
                        Dentro em mim meu homem velho contra a retidão lutou.

                        Mas Jesus comigo estava, santamente me livrou. 

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