sexta-feira, 10 de novembro de 2017

VIVER E MORRER - FRUTO NO VIVER (2)




“Porquanto, para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher” Filipenses 1:21-23
O VIVER É CRISTO – BÊNÇÃOS ETERNAIS PARA ESTA VIDA: “...se o viver na carne traz...”.
        A lição que desponta com graça perante nossos olhos é o fato que, o que prendia Paulo aqui não era o viver aqui, mas sim sua utilidade na causa. Para ele o estar com Cristo era infinitamente melhor; estar na glória com seu Senhor era o prazer dos prazeres e a completa perfeição. Paulo não criava meios para facilitar sua ida para o céu; ele não buscava ocasiões no meio dos sofrimentos, a fim de escapar desse caminho tão estreito, cheio de sofrimentos. Paulo via tudo à luz da verdade, com seus olhos da fé; via que havia proveito em viver aqui; que havia milhares de crentes sinceros e que muitos pecadores poderiam chegar a Cristo através da pregação.
        Por outro lado, Paulo sabia que não havia qualquer possibilidade de qualquer perfeita plenitude enquanto estivesse fisicamente distante do Senhor. Não há um melhor lugar para um soldado do que retornar ileso para sua casa e viver com seus queridos. A guerra será uma opção, porque vê seus compatriotas lutando contra os inimigos, em defesa do seu povo. É essa a mentalidade santa e pura que devemos ter enquanto aqui estivermos. Cuidemos porque a luta infernal deste mundo é levar os santos à uma conformidade com este mundo, assim como muitos judeus não quiseram retornar à Jerusalém, preferindo ficar na Babilônia, após os setenta anos de cativeiro. Não é assim que pode acontecer com os santos de Deus nesta época, quando estamos envolvidos por um mundo charmoso e atrativo?
        O que Deus faz com seu povo, quando o mundo começa a tomar posse de nosso ser? O que faz o Senhor, quando seus santos não estão em nada apreciando sua morada eterna e sua herança guardada lá? Não verdade que ele começa a mexer com esse conforto tão perigoso? Não foi isso o que ocorreu com Elimeleque e Noemi com seus filhos? Foi amarga a decisão de buscar conforto e suprimento em Moabe, um país pagão e idólatra. O que Deus fez? Ele simplesmente arrancou daquela família os três pináculos da família – Elimeleque e os dois filhos, deixando três mulheres desamparadas. É exatamente isso o que Deus faz quando seu povo se esquece que está peregrinando rumo ao céu, a fim de buscar o conforto de um mundo perigoso, sutil e malicioso.
        Esta mensagem tem como propósito mostrar aos crentes que os sentimentos santos e bem fundamentados de Paulo devem ser nossos sentimentos também. Não é raro ver a mão de Deus em nosso meio, tirando todo esse falso prazer. Normalmente vemos Deus tirando aquilo que parece ser nosso, quando na realidade não é, a fim de mostrar que fomos chamados por ele e para ele; que tudo aqui é rasgado e lançado às traças da morte e da corrupção, a fim de que venhamos a amar profundamente nosso Senhor, a ponto de desejar vê-lo naquele grande dia. O que ele há de fazer conosco, quando este século perverso tem tomado nossos sentimentos e pensamentos, os quais deveriam estar ocupados apenas com realidades eternas? Não é o nosso Deus suficiente para arrancar aquilo que para nós é fonte de prazer? Não é ele nossa herança, alegria e gozo?

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