sexta-feira, 15 de abril de 2016

ENTREGANDO A ALMA À VAIDADE (7)




“O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3)
O QUE SIGNIFICA ENTREGAR A ALMA À VAIDADE.
        Amado leitor, hoje quero mostrar de forma prática, como é que alguém chega a entregar sua alma à vaidade. Lembremos bem que não há ninguém entre os crentes que está livre desse perigo; que são muitas as advertências, a fim de que escapemos pelas veredas da obediência à Palavra; lembremos bem que tendemos a agir como “cavalos e mulas”, sem entendimento (Salmo 32:9), precisando muitas vezes dos açoites de Deus, a fim de que escapemos deste sistema mundano, tão perigoso e cheio de armadilhas. Não esqueçamos que tendo amado o presente século foi que Demas abandonou Paulo (2 Timóteo 4:10); e ainda lembremos que fomos chamados para sermos santos e a verdadeira santidade nos afasta desse perigo que envolve o homem na vaidade deste mundo.
        Então, posso afirmar que entregamos nossa alma à vaidade, quando vemos a vida do ponto de vista material; quando as preocupações mundanas ocupam nossas mentes e emoções. Foi por essa razão que Paulo nos exortou a não conformar com este presente século (Romanos 12:2); que o caminho certo é conquistar uma mente renovada na Palavra, caso contrário seremos influenciados e cairemos nesse formato de vida para o qual o mundo nos chama continuamente. Se nosso conhecimento acerca de Deus é pouco, eis que o mundo arrasta e logo somos envolvidos por esse sistema de confiar nos poderosos deste mundo, de buscar os conselhos daqui e vivermos atormentados por aquilo que pode acontecer.
        Quando em nosso coração estamos amoldados a este sistema vil, eis que realmente estamos sob a influência da vaidade. As nossas conversas são levianas e nunca teremos nada de bênção para repartimos com os outros. Também veremos a vaidade transparecer até no viver normal, ocupando o viver com as preocupações com dinheiro e com os prazeres. Já presenciei essa atividade vaidosa no meio dos crentes, porquanto, após o culto as conversas giravam em torno de futebol, de assuntos mundanos e triviais, e até mesmo de interesses em repartir com os outros um filme que tanto gostou. É triste, mas isso revela em que situação se encontram os crentes modernos, porque nada há de interesse em glorificar a Deus no viver e assim edificar uns aos outros no temor do Senhor.
        Também vemos a vaidade operar até mesmo nas orações. O mundo religioso de hoje mostra o que o mundo sempre foi e seus interesses religiosos. Normalmente vemos os incrédulos pedindo oração para que algo dê certo. Deus é visto assim na mentalidade incrédula dos homens, como alguém que reage positivamente a tudo aquilo que queremos e pedimos. Tais atitudes podem se enveredar por caminhos de extremos perigos, até mesmo de encarar líderes religiosos como sendo “astros do céu”. Mas não preciso ir tão longe, porque as orações dos crentes modernos não passam de meras rezas, porque seus interesses estão confinados àquilo que eles querem para suas paixões: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal...” (Tiago 4:3) e tais pessoas são chamadas em seguida de “infiéis”.
        Oh! Quão perigosa é a vaidade introduzida no coração! A Bíblia é clara ao afirmar que aqueles que entregam suas almas à vaidade não subirão ao monte do Senhor. Os verdadeiros crentes muitas vezes tropeçam nesse caminho cheio de armadilhas, mas não permanecem nessas veredas, porque são logo despertados e disciplinados por Deus. Nosso Senhor jamais deixará que seus santos sigam por caminhos tão vis e tão cheios de intenções perversas da carne e do mundo, porque é dito em Hebreus 12 que Ele açoita todo o que recebe como filho.

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