quarta-feira, 27 de abril de 2016

A ESCRAVIDÃO NO PECADO (2)




“Em verdade, em verdade vos digo, que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34)
INTRODUÇÃO:
        Amado leitor, não posso ser apressado na introdução, porque preciso mostrar a necessidade de expor esse assunto, conforme vemos na linguagem do Senhor em João 8:34. Mas sei que não devo ser tão prolixo assim. A introdução é como uma calçada de uma casa, porque o importante é a casa e não a calçada. Veja bem que Cristo sozinho confronta a incredulidade de um povo religiosamente enganado – o povo judeu. A luz da verdade brilhava por fora; eles eram periféricos em questões espirituais; suas mentes estavam em completa escuridão; suas emoções descontroladas e a vontade deles completamente dominada no íntimo pelo pecado e por fora os membros do seu corpo eram manipulados pelo pai da mentira.
        Veja bem no texto, que quando Jesus tocou no assunto de libertação, imediatamente eles reagiram contra, declarando que eram pessoas livres, e não percebiam o nosso Senhor estava querendo dizer sobre escravidão. Naqueles dias era comum ver em cada cidade os mercados de escravos, os quais vinham de conquistas de guerras. Então, quem tinha condição financeira podia chegar num mercado desses para comprar o escravo que quisesse, para trabalhar para si, assim como entramos hoje num supermercado para comprar o que precisamos.
        Mas nosso Senhor não estava tratando daquele sistema de escravidão que envolvia milhares de pobres criaturas. Todo Seu esforço tinha em vista mostrar a mais terrível e cruel escravidão que existe desde a queda – a escravidão do pecado. Nosso Senhor lutava em compaixão por aquele povo que, não obstante ser religiosamente instruído, não passava de homens e mulheres cegos, os quais não conseguiam ver os grilhões e algemas invisíveis, nos quais estavam presos, assim como qualquer gentio que eles tanto desprezavam. Naquele exato momento em que eles conversavam com Jesus, eles não percebiam o quanto estavam envolvidos totalmente pelo domínio tirânico do pecado em seus corações; que estavam envolvidos em ódio mortal; que odiavam o Senhor da glória que estava ali perante eles. Eles não percebiam o quanto estavam aptos para obedecer a voz da serpente e que compartilhavam das mesmas atitudes homicidas de satanás (verso 44).
        Caro leitor, será que somos diferentes? Ah! Nós pensamos no íntimo que nós somos hoje um povo mais religioso, mais capaz de pensar melhor e entender as Escrituras. Mas a verdade é que não somos diferentes, somos iguais àquele povo, porque desconhecemos a verdade da nossa condição no pecado, especialmente quando achamos que estamos isentos dessa condição por estarmos numa igreja e carregarmos o nome de cristãos. A maior tragédia de nossos dias é que o povo chamado “evangélico” jamais entender a realidade do pecado no íntimo; jamais foi confrontado com a miséria da queda; jamais a verdade envolveu todo íntimo com a luz da visitação de Deus. Quando a luz da glória de Cristo chega, então todos se emudecem e não raro eles reagem da mesma forma que os judeus reagiram contra a verdade exposta por nosso Senhor.
        Caro leitor, encerro aqui a introdução na firme esperança de que meus leitores possam entender a razão que venho expor esse texto de João 8:34. Mas o principal objetivo é levar aos pecadores o fato que a salvação em Cristo só é conhecida realmente quando vemos nossa necessidade de libertação. Quando homens e mulheres se veem aprisionados e incapazes de sair, eis que eles clamam por libertação. Oh! Que o Senhor venha abrir os olhos de milhares, a fim de que passem a conhecer o real poder da tão grande salvação que há em Cristo Jesus.

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