quarta-feira, 6 de abril de 2016

ENTREGANDO A ALMA À VAIDADE (1)




“O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma a vaidade, nem jura dolosamente” (Salmo 24:3)
INTRODUÇÃO:      
        Amado leitor, com que prazer venho trazer-lhe a verdade que envolve esse tema. Estamos perante a poderosa e infalível Palavra de Deus, e é ela que descobre os corações, a fim de mostrar a situação enganosa do pecado. Para onde iremos nós? Onde buscar a verdade? A Palavra de Deus é tudo o que precisamos para viver aqui e para encher nossa vida de real esperança da glória eterna. Longe do livro de Deus, certamente seremos dominados pela miséria de um coração carregado de transgressões e de motivações maliciosas e perigosas. Não adianta tentar se esconder, buscar refúgio neste mundo, porque não há abrigo fora da verdade que nos foi entregue.
        Sendo assim, é meu prazer envolver meus leitores nesse impressionante Salmo 24, mas não num exame dele todo. Quero tratar apenas desse tema anunciado acima: “Entregando a alma à vaidade”, porque é justamente isso o que nos traz o verso 3. É claro que para nós constitui um verdadeiro desafio descobrir o que realmente significa essa “entrega da alma à vaidade”. Eu sei que não sou capaz, por mim mesmo para encarar o desafio de envolver meus leitores com esse assunto. Mas a Palavra de Deus nos foi entregue, por isso devo trabalhar incansavelmente para que suas verdades sejam expostas. O Espírito de Deus nos foi dado e é Ele quem nos conduz em toda verdade (João 16:13). Sendo assim quero lançar fora toda confiança em mim mesmo, porque sei que não sou capaz de falar dessas maravilhas tão ocultas aos sábios deste mundo.
        O que significa “entregar a alma à vaidade”? Para isso creio que é de vital importância uma explicação do Salmo 24, a fim de que não desligue o assunto desse Salmo.  Creio que o leitor está bem sintonizado com esse Salmo, da mesma maneira que está com o Salmo anterior, o 23. O Salmo 24 começa com a exaltação da sublimidade do criador, de que Ele é o absoluto dono do planeta terra; que não há nada aqui que não lhe pertença. A indiferença dos homens arrogantes quanto ao criador em nada interpela a glória do Senhor. A fúria dos homens, a luta deles para desarraigar a glória de Deus de tudo, nada disso afeta a glória de Deus. Tudo é Dele e aos homens pertence a morte. Nenhum deles é capaz de segurar em suas mãos qualquer coisa daqui. Nenhum deles é capaz de estorvar as maravilhas do Senhor, as quais sempre se manifestam em milagres, onde os homens, mesmo os cientistas nada podem explicar, e que por essa razão tentam envolver a todos com suas mentiras bem articuladas.
        O que esperam os homens neste mundo? Será que seguramente podem obter alguma coisa da criação? Claro que não! Lábios santos confessaram essa verdade: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei...” (Jó 1:21). Mas o Salmo 24 aparece como um desafio aos poderosos, aos arrogantes, aos sábios deste mundo, para dizer-lhes que eles nada têm e nada vão levar daqui. Os homens são completamente dispensáveis neste mundo. Aliás, eles, devido ao pecado são intrusos na criação. A criação toda geme por causa deles.
        Mas, onde está o dono absoluto de todas as coisas? Onde achá-Lo? Essa pergunta aparece logo no verso 2: “Quem subirá ao monte do Senhor...?”.  Meu amigo, a morte virá e você poderá subir ao Monte do Senhor? Um dia após a morte você irá morar com Ele? Não tente se orgulhar com qualquer coisa que você acha que possui aqui, porque você terá de deixar tudo com a morte. Ela ri de você, enquanto você nem sequer imagina que devido ao pecado sua situação é de real perigo.

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