“Jesus lhe respondeu:
Em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)
APRESENTOU NA FORÇA DA
BENDITA ESPERANÇA: “...no paraíso.”
Chego agora à parte final dessa mensagem
que trata do encontro da graça com a fé. O que a graça fez foi apresentar a
salvação à fé com força da bendita esperança. Como assim? Sabemos que a vida
consiste de busca por prazer, felicidade e o mundo é apresentado aos homens de
tal maneira que tudo aqui é visto como um paraíso inigualável. Desde sua queda,
Lúcifer tentou fazer do mundo esse lugar atrativo à natureza caída e depravada
do homem. É claro que tudo é feito para que as aparências encubram a realidade
das coisas. O mundo sempre foi assim, desde quando Caim encarou erigir esse
sistema anti Deus. O mundo mudou no sentido de que está ficando mais belo,
culto, atraente e cheio de aparentes milagres da ciência. Mas a verdade é que o
mundo é o mesmo e só terminará quando o diabo, o anticristo, a morte e o falso
profeta forem atirados ao lago de fogo.
Neste mundo os homens vivem à busca de
felicidade. Todos nós entramos neste sistema enganador com esse propósito.
Aquele ladrão tinha essas intenções, porque roubava para sentir-se feliz. Foi
assim com Judas, pois achava que a felicidade era achada em ter riquezas. Não
foi em vão que nosso Senhor apontou as riquezas como o foco de todo perigo
neste mundo. Ora, nosso Senhor veio salvar perdidos para dar-lhes perfeito
Paraíso. Todos os santos que já morreram foram para lá e todos os anseios dos
santos são revelados no viver e no caminho para o lugar de gozo eterno. Nós não
nos convertemos em vão; nossa fé não foi posta em meros sentimentos ou vazio
religioso. Toda força da fé cristã está firmada numa estrutura inabalável de
morte e ressurreição, conforme o que Paulo nos ensina em 1 Coríntios 15.
O que entendemos por Paraíso? Do ponto
de vista deste sistema, o mundo parece realmente significar paraíso porque o
próprio termo traduzido por “mundo” (cosmos no grego) significa algo organizado
e o mundo opera de um modo bem organizado. Há um sentido de prazer, segurança e
poder no mundo. O termo “aiom” traduzido por “século” no Novo Testamento dá a
ideia de que o mundo tem um bom começo e um bom fim. Por século o termo traz a
ideia de que nesse período de vida que tenho aqui tudo será maravilhoso e cheio
de promessas. Vemos esse pensamento de um “aiom” ou século no livro de
Eclesiastes, porque o escritor mostra ali que a vida aqui, mesmo cheia de
vaidade e correr atrás do vento, deve ter bons motivos e bons propósitos para
um final feliz.
Nesse ambiente onde o homem trabalha e
luta por construir um paraíso terreno, não há lugar para a teologia da
salvação. A razão é que os homens não veem qualquer perigo aqui. A vida aqui,
segundo a imaginação carnal do homem é o melhor paraíso que se pode ter; aqui há
tudo para ser adorado, amado e desejado. Todos os grandes reis, monarcas e
ditadores viram aqui como esse lugar maravilhoso, onde tudo eles podiam obter
de prazer sexual, fama, luxo e glórias terrenas. Os homens no pecado veem esta
vida desse ponto de vista. Enquanto satanás luta para formar um paraíso ideal
aqui, Cristo foi à casa do Pai para construir moradas (João 16). Abraão, o
grande patriarca da nossa fé foi para esse Paraíso celestial e sempre foi o
anseio dos judeus em obter esse acesso a esse lugar.
Assim, os homens tudo fazem, a fim de
tornar este lugar tão seguro e cheio de felicidade. É isso o que os homens
buscam aqui, mas jamais acharão. Homens só buscarão o Paraíso celestial quando
perceberem o quanto este mundo é a mais poderosa cilada preparada pelo diabo
para as almas. Foi isso o que Deus mostrou ao ladrão; seus olhos foram abertos
e Ele viu o Salvador poderoso e correu pela fé para Seus braços de amor eterno.
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