quinta-feira, 30 de abril de 2020

A PAZ QUE É PERMANENTE (1)



“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27)
INTRODUÇÃO:
        Já preguei sobre este texto tão precioso, tomando-o à luz do contexto, a fim de consolar os corações dos santos de Deus, assim como o Senhor o fez com Seus perplexos e amedrontados discípulos. Mas o texto também nos fornece o cenário claro de como é o coração do homem sem Deus. Quero pegar a joia preciosa da paz com Deus, a fim de leva-la aos corações que agora desejam esse encontro com o Príncipe da paz. A função do pecado e do diabo é manter os homens iludidos na jornada pelo caminho largo rumo à perdição e milhares chegam a fim dessa jornada e só percebem que caíram nas redes diabólicas quando é tarde demais. Temos conosco o remédio santo que cura definitivamente a alma, por isso temos de levar aos enfermos. Quem sabe, um toque de palavras possa despertar alguma alma dorminhoca. Com tristeza já vi muitos acordados porque foram cutucados pela agulha da lei, mas que logo fugiram amedrontados. Já lidei com muitos que fugiram do abrigo seguro e eterno, achado em Cristo, porque preferiram o caminho perigoso e letal mostrado pelo mundo.
        Não é melhor ouvir de Cristo sobre essa paz? Quem sabe minhas palavras venham ser a linda sinfonia para uma alma aflita; quem sabe algum pecador aflito esteja agora à procura das palavras eternas de Cristo, falando sobre Seu perdão e purificação dos pecados. Será que há? Claro! A luz da graça e o sol da misericórdia continuam acesos; ainda podemos ouvir os sons do martelo, serrote e outras ferramentas usadas por Noé na construção da arca. Significa que a voz salvadora do Senhor está ressoando e a força da misericórdia mostra o quanto ela triunfa sobre o juízo. Podemos olhar em todas as direções desse céu e ainda não vemos sinais de nuvens. Portanto, é preciso que eu fale dessa paz.
        Tenho um pouco mais de argumentos que me inspiram a falar desse verso. Sabemos o quanto o mundo é uma agitação de guerras e rumores de guerra. Por que isso? Onde está o problema? Ora, está no coração tempestuoso do homem no pecado. Mas quando Deus mostra a verdade no íntimo, então homens e mulheres correm à busca da verdadeira paz. Muitos com sinceridade, ardor e justos trabalhos lutam por conquistar aquilo que eles pensam que vão oferecer paz e segurança. Mas como achar isso num mundo conturbado pelo pecado? Anos atrás, na cidade de São Paulo, um homem com sua esposa estavam dormindo em sua casa, aguardando o dia amanhecer para nova jornada de trabalho, mas foram surpreendidos com sua filha e seu namorado batendo neles, até que o casal tiveram suas vidas ceifadas de forma terrível e cruel.
        Não tem lugar aqui, por mais seguro que sejam onde os homens possam achar a segurança e paz que tanto desejam. Os homens neste mundo são peregrinos e forasteiros e mesmo que estejam cercados de conforto e aparente segurança, seus corações se mostram inseguros. Eles percebem que há um vácuo em tudo e que a vida aqui é miserável. Pode ser que alguém esteja andando pelas ruas e praças, à procura de alguém que possa ser exatamente o bem-amado de sua alma. Por fora ele tem comida, casa, carro, amigos, conforto, marido, esposa, filhos e tudo o que esta vida pode oferecer de bom. Mas falta a joia preciosa que venha habitar em seu coração, para lhe dar paz, perdão e segurança eterna. Talvez haja uma alma aflita, sentindo a culpa e angústia devido aos seus pecados, por isso busca essa voz de amor que lhe dê plena certeza de salvação.
        Os discípulos puderam ouvir dos lábios do Príncipe da paz: “A minha paz vos dou...”. Quem é Ele? O Senhor da glória! O texto não é riquíssimo? Não é uma joalheria, onde homens e mulheres chegam para comprar, sem dinheiro e sem preço a tão grande salvação?

Nenhum comentário: