“ Deixo-vos a paz, a
minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem
se atemorize” (João 14:27)
INTRODUÇÃO:
Já preguei sobre este texto tão
precioso, tomando-o à luz do contexto, a fim de consolar os corações dos santos
de Deus, assim como o Senhor o fez com Seus perplexos e amedrontados
discípulos. Mas o texto também nos fornece o cenário claro de como é o coração
do homem sem Deus. Quero pegar a joia preciosa da paz com Deus, a fim de leva-la
aos corações que agora desejam esse encontro com o Príncipe da paz. A função do
pecado e do diabo é manter os homens iludidos na jornada pelo caminho largo
rumo à perdição e milhares chegam a fim dessa jornada e só percebem que caíram nas
redes diabólicas quando é tarde demais. Temos conosco o remédio santo que cura
definitivamente a alma, por isso temos de levar aos enfermos. Quem sabe, um
toque de palavras possa despertar alguma alma dorminhoca. Com tristeza já vi
muitos acordados porque foram cutucados pela agulha da lei, mas que logo
fugiram amedrontados. Já lidei com muitos que fugiram do abrigo seguro e
eterno, achado em Cristo, porque preferiram o caminho perigoso e letal mostrado
pelo mundo.
Não é melhor ouvir de Cristo sobre essa
paz? Quem sabe minhas palavras venham ser a linda sinfonia para uma alma
aflita; quem sabe algum pecador aflito esteja agora à procura das palavras
eternas de Cristo, falando sobre Seu perdão e purificação dos pecados. Será que
há? Claro! A luz da graça e o sol da misericórdia continuam acesos; ainda
podemos ouvir os sons do martelo, serrote e outras ferramentas usadas por Noé
na construção da arca. Significa que a voz salvadora do Senhor está ressoando e
a força da misericórdia mostra o quanto ela triunfa sobre o juízo. Podemos
olhar em todas as direções desse céu e ainda não vemos sinais de nuvens.
Portanto, é preciso que eu fale dessa paz.
Tenho um pouco mais de argumentos que me
inspiram a falar desse verso. Sabemos o quanto o mundo é uma agitação de
guerras e rumores de guerra. Por que isso? Onde está o problema? Ora, está no
coração tempestuoso do homem no pecado. Mas quando Deus mostra a verdade no
íntimo, então homens e mulheres correm à busca da verdadeira paz. Muitos com
sinceridade, ardor e justos trabalhos lutam por conquistar aquilo que eles
pensam que vão oferecer paz e segurança. Mas como achar isso num mundo
conturbado pelo pecado? Anos atrás, na cidade de São Paulo, um homem com sua
esposa estavam dormindo em sua casa, aguardando o dia amanhecer para nova
jornada de trabalho, mas foram surpreendidos com sua filha e seu namorado
batendo neles, até que o casal tiveram suas vidas ceifadas de forma terrível e
cruel.
Não tem lugar aqui, por mais seguro que
sejam onde os homens possam achar a segurança e paz que tanto desejam. Os
homens neste mundo são peregrinos e forasteiros e mesmo que estejam cercados de
conforto e aparente segurança, seus corações se mostram inseguros. Eles percebem
que há um vácuo em tudo e que a vida aqui é miserável. Pode ser que alguém esteja
andando pelas ruas e praças, à procura de alguém que possa ser exatamente o bem-amado
de sua alma. Por fora ele tem comida, casa, carro, amigos, conforto, marido,
esposa, filhos e tudo o que esta vida pode oferecer de bom. Mas falta a joia
preciosa que venha habitar em seu coração, para lhe dar paz, perdão e segurança
eterna. Talvez haja uma alma aflita, sentindo a culpa e angústia devido aos
seus pecados, por isso busca essa voz de amor que lhe dê plena certeza de
salvação.
Os discípulos puderam ouvir dos lábios
do Príncipe da paz: “A minha paz vos dou...”. Quem é Ele? O Senhor da glória! O
texto não é riquíssimo? Não é uma joalheria, onde homens e mulheres chegam para
comprar, sem dinheiro e sem preço a tão grande salvação?
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