quarta-feira, 1 de abril de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (11)


                        
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A CONQUISTA DA FÉ (capítulo 4)
        Visto que a vitória que vence o mundo é a fé, então é de se esperar que ela será sempre conquistadora. Ora sempre foi assim com os que creram e há de ser assim, por isso os heróis da fé estão constados como os grandes conquistadores do céu na terra. A própria fé, quando é forte e decidida em honrar a, passa a ter uma função evangelística. Se os que creem conseguem conquistar o coração de Deus, quanto mais conquistam no reino dos homens. Pois é exatamente isso o que vemos no capítulo 4 do livro de Daniel. Até o capítulo anterior vimos como é o homem cheio de orgulho, de ódio e com função ditatorial, ignorando o trono de Deus. Até o capítulo 3 o rei se humilha perante a fé, mas não perante Deus.
        No primeiro capítulo vemos como o rei cede aos 3 jovens, porque vê excelência no caráter, na aparência e na postura. Noutras palavras, o rei é derrotado em suas convicções sobre alimentação. No segundo capítulo vemos o rei reconhecendo que o Deus de Daniel é grandioso e é derrotado em sua arrogância de achar que não havia alguém capaz de superar os magos, interpretando o sonho. Mas não há quebrantamento, porque ele apenas eleva Daniel a uma posição superior. No terceiro capítulo, com a vitória dos 3 jovens na fornalha, a impressão que dá é que o rei mudou sua atitude em relação a Deus, mas o que realmente ocorreu é que ele cedeu à fé, reconhecendo que o Deus daqueles homens era de fato o verdadeiro Deus, mas foi derrotado ao achar que não havia alguém capaz de livrar seres humanos de suas mãos. Mas isso não muda os homens em relação a Deus. Acabe cedeu a Elias porque estava consciente que o Deus do profeta realmente faria o que predissera. Seu comportamento de humilhação foi externo e não interno (1 Reis 22).
        Mas é no capítulo 4 que vemos o quanto a fé não cede, pois sua intenção é a glória de Deus. Os que não creem são sempre mutáveis. A fé verdadeira é sempre constante. Notamos que o rei, após seu sonho ficou com receio de chamar Daniel imediatamente. Apesar de mais humilde, sua humildade é horizontal e não vertical; ele se torna servo de Daniel, mas não de Deus voluntariamente. Entretanto houve melhoras, pois não tem mais a atitude de ódio e de ditador; agora chama os sábios e reconhece o fracasso deles e que não havia alternativa, senão chamar Daniel. Mas a fé não terminou o serviço, pois a finalidade da fé é levar o homem a estar convencido do pecado, da justiça e do juízo. A fé não quer a coroa da fama e da glória em sua cabeça, pois a glória pertence a Deus; Daniel não buscou recompensas do rei, caso contrário seria um devedor do rei, estaria lá em baixo e não lá em cima. A fé espera em Deus os resultados de suas ações no meio dos homens. Foi assim que Daniel pode mostrar ao rei o que aconteceria com ele, caso não reconhecesse a supremacia celestial e os resultados foram terríveis, mas com final glorioso na vida daquele monarca e Deus foi glorificado através da boca de um pagão cruel.
        Nós estamos no mundo para as grandes conquistas da fé. Quantos atos de Deus por meio de crentes simples, mas firmes! Quantos resistiram o mal, mantiveram fieis ao Senhor no meio das provas e Deus os recompensou de forma maravilhosa. A tristeza atual é ver o quanto faltam homens e mulheres que realmente creem. Muitos fogem diante das pressões de um mundo moderno, atraente e confortável. A realidade de nossos dias é que faltam homens e mulheres cujos corações estão firmados no Senhor, que não se curvam diante do mundo e que levam a sério a palavra de Deus no viver. Que o Senhor venha com Sua compaixão encher esta sociedade de elementos que brilham aqui para a glória Dele.

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