segunda-feira, 20 de abril de 2020

GRANDE ENCONTRO DA GRAÇA COM A FÉ (5)


           
“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje tu estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)
APRESENTOU-SE NA FORÇA DA REDENÇÃO: “...hoje estarás comigo...”
        O que vemos também ali na cruz foi como o Salvador se apresenta ao pecador, como sendo Ele o verdadeiro Salvador, pois Ele jamais há de falhar em salvar em Sua função. Ao achar o perdido o Senhor não adia. Notemos que a escuridão e os tormentos da cruz em nada fez com que o Senhor desistisse desse encontro. Ali nosso o Salvador fez sua missão em salvar um perdido; ali Ele mesmo buscou e salvou uma alma que o Pai lhe entregou. Ali estava uma alma em perigo, preste a ser tomada pelos anseios do inferno. Um salva-vidas numa praia não adia seu trabalho, ao ver alguém clamando por socorro. Sua missão é correr e salvar. Assim também o Senhor não adia a salvação; não marca um compromisso para mais tarde. Imediatamente Ele estende Seu socorro e concede livramento ao perdido.
        Ali na cruz mostrou seu propósito daquele Seu intenso sofrer, o Justo morrendo  pelo injusto; ali estava o Cordeiro planejado pelo Pai e que desde a fundação do mundo ilustrou Seu plano em salvar perdidos, quando matou um animal e fez vestes para Adão e Eva. Como poderia deixar de executar Sua missão? As trevas não obstruíram Sua visão gloriosa; as dores não puderam reprimir Seu amor; a solidão não diminuiu Sua compaixão por um dos Seus eleitos; as multidões inimigas não impediram de que Ele comunicasse com aquela alma e abrisse a porta do Paraíso para um perdido que foi achado. Ó que linda história! O que aprendemos é que onde está o Salvador, ali há salvação. E agora mesmo Ele está posicionado para salvar; ele não se desgruda da Sua missão; jamais vai dizer que está ocupado; jamais terá Sua missão abortada; jamais inimigos farão com que Ele fracasse. A entrega foi feita, o Cordeiro foi sacrificado, o sangue foi vertido, o perdão está estendido, a purificação é outorgada e a vida eterna aplicada.
        Também devemos saber que é impossível que os perdidos não sejam achados. Tudo o que satanás faz neste mundo é dar às multidões a impressões que não há perdição. Ele faz com que o mundo seja maravilhosamente aceito e bem recebido. Ladrões veem no roubo um meio fácil de conquistar seu mundo; o religioso vê na religião um meio de abençoar seu mundo; um trabalhador vê em seus esforços um meio de ganhar o mundo de forma legítima e assim tudo parece indicar que ninguém percebe o estado de perdição. O mundo parece ser um lugar onde há luz e saída para resolver todos os problemas e até mesmo a morte se apresenta como uma consoladora eficaz.         Não há aqui qualquer meio de expor aos homens a realidade da perdição eterna. Os homens no pecado estão bem assessorados neste mundo e a luz que vem do mundo para eles é bem-vinda num mundo que promete o melhor para todos. Por mais que os mensageiros do evangelho sejam perspicazes, eles não podem por si mesmos mostrar a condição do homem. A religião judaica, com todos os claros ensinos da lei não ajudou aquele moço condenado. O que foi necessário? Precisou da luz do céu. A luz da glória fez um Saulo ficar cego, mas a luz da glória de Cristo atingiu o coração de uma alma cega para abrir-lhe os olhos ali na cruz. São os encantos da graça salvadora.
        Assim, podemos ver que tudo está na dependência de Deus e em todas as circunstâncias a graça precisa entrar em ação. Um homem comum na sociedade há de precisar da mesma força da graça para operar maravilhas na salvação. Do mesmo modo que Deus abriu os olhos daquele moço bem-aventurado, Ele também despertou o coração de Lídia, para ouvir a mensagem e ser salva. O homem no pecado só consegue ver sua perdição quando Deus entra em sua escura cela e acende a luz. Ora, foi isso o que aconteceu com aquele moço visitado pela graça que operou nele a real salvação: “Graça real sem fim, mostra Jesus por mim, gozo me dá alegria sem par que prazer, prazer!”

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