segunda-feira, 25 de setembro de 2017

VIVER E MORRER (3)



                      
“Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21)
O QUE REALMENTE SIGNIFICA “O VIVER É CRISTO”.
        Também, uma definição mental pode ser resultado de engano, tanto quanto a definição firmada em emoções. Israel, nos dias de Isaías afirmava que amava o Senhor, mas o coração estava longe dele. Declarar que o viver é Cristo não é brincadeira. Deve ser uma confissão do coração, confirmada pela autoridade da verdade bíblica. Creio que a melhor maneira de entender isso é partir para aquilo que a palavra de Deus nos ensina.
        É claro que estamos lidando com vida: “...o viver...” e isso significa milagre, porque nada nem ninguém pode dar vida. O fato que alguém é religioso, frequenta uma denominação evangélica e tem muito fervor e zelo, não significa que há vida naquela pessoa. Se o “viver é Cristo”, então nada tem esse viver com a vida natural, a vida que recebemos em Adão. Pedro afirma em sua primeira carta que a vida que recebemos de nossos pais é corrompida e não tem qualquer aceitação da parte de Deus (1:18). Creio que olhando do ponto de vista natural, a religião de Paulo era muito melhor que outras religiões de nossos dias. Digo mais, que a vida de Paulo antes da sua conversão era incrivelmente melhor e mais digna do que a de muitos que se gabam de sua religiosidade.  Mas nada disso pode assegurar uma confissão como essa, feita pela boca daquele apóstolo convertido: “Porquanto, para mim o viver é Cristo...”.
        Então, vamos àquilo que importa. O “viver é Cristo” traz à lume a verdade do novo nascimento, ensino que é tão destacado em todo Novo Testamento. Vemos essa verdade em João 1:12 e 13, onde o Espírito Santo deixa bem claro que aqueles que creem no Filho de Deus nascem, não da vontade da carne, nem do homem, mas sim de Deus. Sendo assim, podemos afirmar que aquilo que Paulo confessou em Filipenses deve ser a confissão de todos quantos passaram pelo novo nascimento. Não foi uma experiência particular de Paulo porque ele era apóstolo e porque havia obtido revelações especiais. Paulo conheceu o Senhor da mesma maneira que Pedro, João, Barnabé, Estevão, o ladrão na cruz e outros milhares de santos também conheceram.
        “O viver é Cristo” declara que a vida do Senhor está na pessoa; que foi arrancado do mero viver natural (1 Coríntios 2:14); que é alguém nascido do alto, obra realizada de forma miraculosa, pelo poder do Espírito Santo e da palavra (João 3:5). Vejo hoje quantos que afirmam ser crentes ficam emudecidos diante de tal verdade. Sem o novo coração purificado e feito habitação do Espírito Santo, não há como a pessoa se livrar do mundo e dos interesses carnais, porque continua como escravo. Somente pecadores salvos podem confessar que o viver deles é Cristo. Uma mera profissão de fé não resolve; uma mera disposição momentânea não significa que Deus mudou o coração do perdido.
        A ordem do céu a todos os homens permanece inalterada: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19). O que estamos precisando ver hoje? Homens e mulheres cujos corações sentem o peso da culpa. Precisamos ver hoje homens e mulheres que olham para a palavra e querem beber dessa agua para nunca mais ter sede. O Senhor veio ao mundo para buscar e salvar perdidos. O milagre acontece quando vemos homens e mulheres, contritos de coração, buscando esse Salvador e Senhor para suas vidas.

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