quarta-feira, 11 de março de 2015

“À PROCURA DE UM MORTO” (9)




“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
ACHADO O MORTO:      “Já não sou eu quem vive...”
        Caro leitor, o que acontece quando o crente pela fé entende, confessa e vive essas verdades? Será que há de ser alguém apagado, destituído de qualquer sentido de vida aqui? Não! O que aconteceu foi que morreu o velho homem em Adão. Foi isso o que Paulo quis dizer, que aquele eu estava morto, estava crucificado com Cristo e assim não existia mais. Quando a carne se erguia para buscar satisfação, eis que encontrava o velho “eu” já sacrificado. Quando o mundo chegava para exigir sua participação em seu esquema de vida, eis que o “eu” já não existia mais. Quando a lei chegava para mostrar seus terrores e maldições, eis que o “eu” era achado já morto. Ora, essa verdade é para todos os verdadeiros crentes. Esse é o segredo da vitória da fé, porque se apossa das verdades sublimes da gloriosa conquista da cruz. São verdades que todo e qualquer crente genuíno pode aplicar em sua vida, porque a cruz teve um impacto tremendo em sua vida, para apagar de uma vez por todas aquela velha e vã existência, a fim de surgir o novo homem em Cristo.
        Talvez o leitor tenha achado esse ensino até aqui como sendo muito negativo e até mesmo sem sentido. Mas, o texto não termina na frase: “Estou crucificado com Cristo”. Quando alguém morre, simplesmente para de existir para a sociedade. Um irmão meu, triste e desanimado da vida, chegou à casa onde meus pais moravam e encontrou a casa fechada. Ele sabia que sim que meus pais haviam morrido, mas a tristeza da vida lhe levou ao passado, ao tempo quando meus pais eram procurados quando as dificuldades chegavam. Meu irmão, chorando chegou e bateu à porta chamando meus pais. Mas a casa estava vazia, não havia ninguém lá.
        Mas não é o caso do crente, porque em Gálatas Paulo deixa bem claro que o velho homem em Adão morreu, morreu para a lei, para o mundo e para a carne. Paulo diz. A lógica imediatamente aparece: “...logo já não sou eu quem vive...”. Veja caro leitor que já não mais existe o velho “eu” quando a fé verdadeira entra em ação e toma a morte de Cristo como algo marcante em sua vida. Por essa razão que verdadeiros crentes normalmente são perseguidos, atacados e tentados. Mas a casa está vazia? Não! Eis a resposta: “...Cristo vive em mim...”. Veja caro leitor como a vida do crente está alicerçada na morte e na ressurreição do nosso Senhor: “morri com Ele e Ele vive em mim”. Veja como a vida do crente é motivo de terror para o mundo; veja como o mundo não pode explicar o real significado de morte e ressurreição.
        Mas o que acontece quando o mundo, a carne e a lei batem na “porta” e perguntam: “Onde ele está?” Ora a resposta não vem da boca do velho eu que já morreu. Quem está reinando agora no viver do crente? Quem habita em seu coração? Quem dirige e controla sua vida, seus sentimentos pensamentos e decisões? Eis a resposta: “Cristo vive em mim”! Foi exatamente isso o que ocorreu na vida de Paulo, porque assim que conheceu o Senhor, tudo mudou. Jerusalém procurou o velho Saulo, os líderes religiosos o buscaram, a carne voraz e maligna tentou achá-lo, o mundo o quis de volta, mas, tudo inútil. O Cristo que eles haviam pendurado na cruz, o Cristo que eles consideraram como defunto estava vivo e habitava em Paulo agora. Que lição! Que verdade que traz aos crentes imensa felicidade!
        Meu caro amigo, pode você tomar esse ensino como algo maravilhosamente prático para sua vida? Você entendeu o real significado da cruz, de alguém que ocupou seu lugar, a fim de lhe dar perdão, justiça, santificação, vida eterna e santidade no viver?

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