terça-feira, 10 de março de 2015

“À PROCURA DE UM MORTO” (8)




“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
ACHADO O MORTO:      “Já não sou eu quem vive...”
        Caro leitor, se você é de fato um crente em Cristo, então a mensagem da cruz tem um efeito de incrível prática em seu viver para todos os momentos e para todas as circunstâncias que envolvem seu viver. Fora da cruz não há outro meio usado por Deus para envolver-nos em vitória na nossa peregrinação até ao céu. Nossa jornada espiritual começou na cruz, nosso triunfo está completamente estruturado no triunfo do Senhor; nossa segurança eterna, nossa felicidade, nossa paz com Deus, nossa vitória contra toda manifestação da carne, do mundo e do diabo tem como base o que ocorreu ali na cruz, quando fomos identificados com Cristo em Seu sepultamento, morte e ressurreição. Estou sendo bem enfático, a fim de que meus leitores crentes sinceros possam saber que não há segunda bênção nem há uma experiência posterior. A fé cristã se agarra à verdade da cruz e nessa verdade se considera morto, crucificado para o mundo, para a lei e para a carne.
        Sendo assim quero hoje tornar essa verdade ainda mais fortemente prática em nosso viver. Quem foi que morreu do crente? O velho “eu”. Aquele “eu” religiosamente ignorante. Aquele “eu” o qual queria mostrar ser bastante espiritual, muito zeloso, muito aplicado e se sentindo capaz de fazer grandes coisas. Aquele eu cheio de arrogância e impetuoso como Simão, se sentindo capaz de morrer por Cristo. Aquele “eu” capaz de defender com unhas e dentes seu sistema religioso; o eu que sendo cego não percebia que estava perseguindo a Cristo. Na verdade era o eu idólatra, pronto para adorar o homem e ser levado e lesado pelas habilidades dos homens; o eu que se sentia descansado em seu “colchão” religioso, sem saber como Nicodemos da necessidade de nascer de novo. O que está crucificado? O velho eu, condenado em Adão. O velho eu que se dispôs no Éden a revoltar-se contra Deus, seguir o diabo e seu reino maligno. O velho eu que desde o ventre está no pecado e que nasce pronto para proferir mentiras e recusar a verdade. O velho eu sem paz, amante do mundo e submisso às paixões carnais; o velho eu ocupado com esse sistema passageiro, disposto a buscar as vanglórias daqui, o velho eu completamente cego e surdo quanto aos perigos eternos e de sua condenação merecida que lhe aguarda.
        Onde está esse “eu”? Paulo declara que ele foi crucificado com Cristo; que aquele velho Saulo de Tarso, inútil para Deus e útil para sua vã religião formal e sem vida estava morto. Os líderes religiosos foram procurá-lo, acharam que não era verdade; que aquele homem que agora era um pregador do evangelho, disposto a seguir Àquele a quem perseguia, talvez fosse um sonhador, que tudo aquilo passaria logo e que logo voltaria a ser o que era. Esperaram um tempo, mas logo descobriram que era verdade. O velho eu em Adão de fato morreu.
        Meu caro leitor, você entendeu isso? Chegou à sua compreensão que o evangelho tem esse tremendo e inaudito efeito no viver de uma alma arrependida e realmente convertida a Cristo? Pode você compreender o quanto a fé Cristã é prática e poderosa? Se esses fatos não tiverem qualquer efeito em seu viver; se ainda você é amante do mundo, tendo o mundo em suas mãos e Cristo sendo negado no viver, então, esteja certo que você desconhece a mensagem santa no coração. Mas se é verdade no coração, conforme a Palavra, que esse pensamento santo de estar morto para o pecado, mas vivo para Deus, então, você é de fato um crente em Cristo. Com todas as dificuldades que você enfrenta, com todas as lutas travadas contra o mundo, a carne e a lei, você de fato conheceu o Senhor em seu coração.

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