sexta-feira, 13 de março de 2015

À PROCURA DE UM MORTO (11)




“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
A PROVISÃO DE CRISTO PARA O VIVER NA CARNE: “...e esse viver que agora, tenho na carne...”
        Prezado leitor, o que Paulo faz agora, conforme a lição final do texto em pauta? Veja que mesmo pela fé se considerando crucificado com Cristo, morto para o mundo, para a lei e para a carne, eis que Paulo volta à realidade da vida normal de um homem comum neste mundo: “...e esse viver que agora tenho na carne...”. Veja como a vida cristã não se isola, não se disfarça nem se separa da normalidade da vida. Quando encaramos a vida cristã, conforme aquilo que Paulo apresenta em sua experiência, vemos que o crente não se considera morto para a vida normal aqui. O cristianismo não cria fantasias religiosas, não nos tira das responsabilidades que temos como cidadãos deste mundo enquanto aqui vivermos. Esse isolamento, afastamento de um viver comum e normal aqui normalmente é resultado de heresia, de ensinos que alimentam ainda mais o orgulho do coração e que procura viver da aparência e não da realidade do coração.
        Caro leitor, como crentes devemos saber que neste mundo temos de andar, trabalhar, enfrentar as lutas do dia a dia. Cada dia temos que no coração andar como um novo homem em Cristo, mas o fato é que estamos ainda na carne e, conforme Paulo, ainda temos esse viver na carne. Lutemos para não buscar uma espiritualidade falsa, sob os padrões humanos e não bíblicos. O cristianismo verdadeiro tem como alvo mostrar ao mundo quem são os verdadeiros crentes em Cristo, que a vida espiritual sobrepuja a carne com suas paixões, que a beleza do Senhor e Sua graciosidade habita nos crentes. Qualquer adorno tem em vista mostrar-se e não se esconder. A verdadeira espiritualidade quer mostrar o quanto a vida aqui em suas atividades diárias estão sob o controle do Espírito e como a verdadeira humanidade de Cristo habita nos crentes.
        Também, há uma confiança numa provisão que me garante viver: “...e esse viver que agora tenho na carne...”. A vida de Cristo em nós nos chama à vida, porque Aquele que ressuscitou habita no crente e comanda o crente. Veja amigo, como satanás, o mundo e a carne são pegos de surpresa, porque esse viver do crente jamais é completamente diferente, é uma antítese da vida anterior, porque o que aparece agora é o novo homem em Cristo. Não há mais aquele viver de outrora satisfazendo a carne e suas paixões; não há mais um mundano à solta; não há mais o orgulhoso querendo mostrar-se que pode andar do jeito que sempre andou, nem mais há o arrogante religioso, achando que pode ser na carne alguém espiritual.
        Caro leitor, veja como realmente precisamos desse tipo de crente em nossos dias! Nossa sociedade está cheia de elementos que por fora dizem ser evangélicos, mas que jamais conheceram o poder transformador do evangelho no íntimo. O que vemos são mundanos e carnais querendo proclamar que Cristo com suas bocas, mas em seus corações são amantes dos prazeres. Satanás é mestre em imitação, mas nem ele nem o mundo inteiro conseguem enganar o Senhor, o Deus que vê e requer a verdade no íntimo (Salmo 51:6).
        Meu caro amigo, como pode alguém confessar o que Paulo confessou em Gálatas 2:19,20? Digo e afirmo que tal verdade é impossível, a não ser que Deus realize essa obra no coração. Como alguém poderá afirmar que está crucificado com Cristo? É impossível isso para a natureza maligna e orgulhosa do homem. Paulo jamais confessaria essa verdade se Deus não operasse nele a obra transformadora e salvadora. É isso o que Deus faz quando chama pecadores ao arrependimento.

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